"PARIS", como o próprio nome já diz, não poderia ter outro cenário, senão a própria capital francesa, nem outro idioma senão o francês. Mas a cidade mais conhecida do mundo como pano de fundo não é o único atrativo do longa-metragem dirigido por Cédric Klapisch ("Bonecas Russas") . O filme conta a história de Pierre (Romain Duris) que, segundo seu médico está em estado terminal.
A primeira pessoa para quem ele conta a triste novidade é sua irmã Élise (Juliette Binoche), e a primeira mudança que faz em sua vida é observar o mundo ao seu redor e os diferentes personagens que vivem na cidade.
Assim, a história se constrói na medida em que Klapisch aponta suas lentes para os feirantes que disputam a freguesia, para a moça que começa a trabalhar na padaria cuja dona é uma insuportável racista e mandona (Karin Viard), o arquiteto Philippe (François Cluzet), seu irmão, o professor de história Roland (Fabrice Luchini), que se apaixona pela aluna (Mélanie Laurent) e fica lhe enviando poemas anônimos por mensagens do celular.
E é a partir desse mosaico que Cédric Klapisch mostra o cotidiano de Pierre que, como professor de dança, junta seu grupo e mostra coreografias intensas, bem-construídas, embora não tenha fôlego para executar todos os saltos que são propostos. Romain Duris, aliás, é capaz de transmitir ao espectador a dor que sente e mostra que é possível superar esse momento de tensão e esperar, curtindo a vida, brincando com as sobrinhas, sendo feliz.
"PARIS" teve três indicações ao César (Oscar francês), nas categorias edição. Trata-se de um filme belo, capaz de fazer com que o espectador contemple o cenário em que a história se passa e, olhe para si e veja que ao seu redor - a vida pode ser mais bonita do que lhe parece - e o cinema tem essa capacidade.
Blog da Associação dos Servidores da Universidade Federal de Pelotas, criado pela Coordenação de Divulgação e Imprensa, com o objetivo de interagir diretamente com o associado e a comunidade em geral, debatendo assuntos não só de interesse da categoria, mas de toda sociedade, de forma crítica e participativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário