quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CONFECOM - CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO

Plenária da Construção da Conferência Municipal de Comunicação .

O Movimento Nacional pela Democratização da Comunicação, a RádioCom e o Conselho Regional de Psicologia convocam a comunidade para a Plenária da Construção da Conferência Municipal de Comunicação. A atividade acontece nesta sexta-feira, dia DOIS de outubro, às 17h30. O local é a sede do Conselho Regional de Psicologia, na rua Félix da Cunha, número 772, sala 304. Mais informações pelo telefone: 3227 4197.

CONAE 2010 - CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO

CONAE 2010 - CONFERENCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO

A Conferência Nacional de Educação – CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional.

Está sendo organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.

O Tema da CONAE, definido por sua Comissão Organizadora Nacional, será: Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação. A CONAE acontecerá em Brasília, de 28 de março a 1º de abril de 2010, será precedida de Conferências Municipais, previstas para o primeiro semestre de 2009 e de Conferências Estaduais e do Distrito Federal programadas para o segundo semestre do mesmo ano.

A Portaria Ministerial nº 10/2008 constituiu comissão de 35 membros, a quem atribuiu as tarefas de coordenar, promover e monitorar o desenvolvimento da CONAE em todas as etapas. Na mesma portaria foi designado o Secretário Executivo Adjunto Francisco das Chagas para coordenar a Comissão Organizadora Nacional.

A Comissão Organizadora Nacional é integrada por representantes das secretarias do Ministério da Educação, da Câmara e do Senado, do Conselho Nacional de Educação, das entidades dos dirigentes estaduais, municipais e federais da educação e de todas as entidades que atuam direta ou indiretamente na área da educação.


EIXOS TEMÁTICOS

Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Qualidade: Organização e Regulação da Educação Nacional
Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação
Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar
Formação e Valorização dos Trabalhadores em Educação
Financiamento da Educação e Controle Social
Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade



Sistema Nacional Articulado de Educação

Concepção ampla de educação que incorpore a articulação entre os níveis e modalidades de educação com os processos educativos ocorridos fora do ambiente escolar, nos diversos momentos e dinâmicas da prática social.

Eixos Fundamentais

Financiamento da Educação – Pré-Sal e Extinção imediata da Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo que retira verbas da educação e de outras políticas sociais; Elevação dos investimentos em educação a 7% do PIB, tendo como objetivo estratégico alcançar o patamar de 11% do PIB;
Autonomia e Democracia – escolas e universidades; Criação de Fóruns Escola/Universidade e Sociedade;
Um sistema educacional calcado no tripé técnico-científico-humanista
Políticas de permanência na escola – da educação infantil ao ensino superior (bolsas, alojamento, alimentação e transporte)
Política Pública – controle do Estado nas políticas educacionais, a educação não é mercadoria e não é o Direito do Consumidor que deve gerir os conflitos no setor privado, reforçar no próximo PNE a Educação como Bem Público e dever do Estado;
Políticas de qualificação e valorização dos trabalhadores na ótica da qualidade socialmente referenciada e comprometida com as transformações sociais.
Efetivação da Gestão Democrática com ênfase na democratização dos conselhos de educação (CME, CEE, CNE)
Defesa da soberania nacional com o impedimento de participação do capital internacional nas IES
Construção de mecanismos legais que impeçam as S.A educacionais

CONVITE

A Academia Pelotense de Letras convida para a solenidade de posse do escritor GUIDO GILBERTO FERNANDES (professor jubilado da UFPel), na cadeira de número 15 - Patrono - Pedro Pereira Fernandes de Mesquita (Padre Doutor), tendo como Paraninfo - Dr. Maximilian Canez Fernandes (seu filho) e a outorga do título de Acadêmico Honorário a LUIZ DALLA ROSA (Comentarista Cultural do DIÁRIO DA MANHÃ), no dia 9 de outubro do ano em curso, no auditório da Academia Pelotense de Letras - Parque Dom Antônio Zaterra, 500, às 20h. Traje Social ou Talar. Momento musical lírico e coquetel encerrarão a noitada cultural com a honra de sua presença.

A Direção da ASUFPel parabeniza todos os titulados e aproveita para mandar um abraço especial ao nosso associado Luiz Dalla Rosa. Desejamos que continue nessa trajetória que muito nos honra como colega.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

MILITARES FECHAM RÁDIO E TV PRÓ-ZELAYA EM HONDURAS

As forças militares de Honduras cercaram nesta madrugada as únicas emissoras de rádio e de TV que apoiam o presidente deposto Manuel Zelaya, abrigado há uma semana na embaixada brasileira em Tegucigalpa.

O cerco é a primeira ação efetiva do governo de Roberto Michelleti depois da edição do Decreto 016/2009 que restringe a liberdade de expressão de manifestação e que permite a prisão, sem mandado, de qualquer pessoa nos próximos 45 dias.

Na sede do Canal 36, no centro da cidade, até mesmo um dos repórteres têm medo de conversar com a imprensa estrangeira. De acordo com o oficial que comanda a operação em frente à emissora, a ordem é que nem mesmo jornalistas internacionais entrem no prédio da emissora.
No prédio da Rádio Globo, os repórteres foram expulsos por volta das 5h de dentro da redação. Os equipamentos de transmissão também foram retirados. A repórter Ariela Cacceres disse que a ordem é clara: somente funcionários podem entrar, mas a transmissão está proibida. “Houve disparos. Fomos expulsos da redação. Eles [tropas militares] estão tirando fotos da gente para nos intimidar.”

A polícia também impede a concentração, na Universidade Pedagógica, de manifestantes favoráveis a Zelaya que organizaram uma grande caminhada para hoje, dia que marca três meses de golpe em Honduras.

O jornal El Herado, favorável a Michelleti, estampa na capa a manchete "Estado de Sítio” e admite a restrição de liberdade de expressão

Postagem retirada do blog: radio-com.blogspot.com

CHAMADA GERAL PARA REUNIÃO DOS GTs

Quarta-feira, dia 30/09, às 15h, teremos reunião do GT Carreira.
Sexta-feira, dia 01/10, às 14h, teremos reunião do GT Saúde.

Convidamos todos os interessados em debater estes assuntos a participarem. As duas atividades serão realizadas na sede da ASUFPel-Sindicato.

AULAS DE VIOLÃO

O colega Cabelleira avisa que o Curso de Violão retorna suas atividades a partir de amanhã, quarta-feira, das 17h às 18h na sede do nosso Sindicato.

SERVIDORES PODEM ADERIR AOS PLANOS DE SAÚDE DA GEAP

Os servidores técnico-administrativos e docentes da UFPel, ativos e inativos, já podem aderir aos Planos de Saúde da Geap Fundação de Seguridade Social . A UFPel assinou convênio de adesão, no começo de setembro, com esta prestadora de serviços de saúde e previdência. Confira todas as informações nos arquivos geap-na-ufpel.doc , comparativo-entre-os-4-planos-atualizado.pdf e cronograma-de-inscricoes-ufpel.xls . A adesão deve ser entregue pelo servidor na Pró-Reitoria de Gestão de Recursos Humanos(PRGRH), no prédio da Reitoria, campus Porto.

A Geap Fundação de Seguridade Social é uma entidade fechada de Previdência Complementar (EFPC) sem fins lucrativos, criada em 1945. A Fundação oferece aos servidores públicos federais, estaduais e municipais planos e programas de saúde, assistência social e previdência complementar. Atualmente, tem mais de 700 mil vidas sob sua responsabilidade e 25 mil prestadores de serviço em todo o País.

Não há valores de contribuição maiores para idosos ou qualquer diferenciação para os que têm doenças preexistentes. A contribuição é com um valor fixo, por beneficiário inscrito no plano, mais a participação pelos serviços utilizados, de acordo com a tabela Geap. A gestão participativa está garantida nos Conselhos Deliberativo, Consultivo e Fiscal, compostos paritariamente por representantes indicados pelas patrocinadoras e representantes de servidores eleitos por seus pares, além dos Conselhos Estaduais de Representantes que exercem fiscalização social em cada uma das unidades estaduais.

Saiba mais sobre os planos no endereço http://www.geap.com.br/_geap/ge_plano_saude.asp .

ATENÇÃO: as inscrições para o almoço estão sendo realizadas na recepção da ASUFPel até o dia 08/10.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

UM BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS E A TODAS

Desejamos um ótimo descanso a nossos colegas e, esperamos, aproveitem e se deliciem com a nossa sugestão de filme e a crônica escolhida para este fim-de-semana. Até a próxima segunda-feira.

SUGESTÃO DE FILME: "MARLEY E EU"

Por Profa. Lanza Xavier - Curso de Cinema e Animação/UFPel

Depois de quase 20 dias imersa em um paraíso, voltei para o sul com as baterias carregadas e a cabeça descansada. Cheguei em POA e decidi ir ao cinema. Vários filmes despertaram meu interesse. Mas como uma boa “cachorreira”, decidi assistir “Marley e Eu”. E não me arrependi, apesar de ter saído da sala de rosto inchado.
Ao contrario do que se pode imaginar, a produção não é apenas mais um filme canino tipo “sessão da tarde”. É uma mescla de drama e comédia. O longa é uma adaptação do livro best seller autobiográfico do colunista John Grogan.Conta a história do jornalista interpretado por Owen Wilson que, recém casado, muda-se para a Califórnia com sua esposa Jane, também jornalista (Jennifer Aniston).Ela, com sua carreira consolidada, planeja a vida metodicamente, passo a passo. Depois de comprar uma casa e estar bem no emprego, a próxima etapa seria ter um filho. John se assusta com a idéia e presenteia sua esposa com um cachorro, no intuito de “treinar” Jane para criar os futuros herdeiros.
O nome Marley é uma homenagem Bob Marley. Um labrador relativamente comum, já que roer tudo que há pela frente é habitual desta raça. O diferencial deste para outras produções com cães é que ele não transcorre através do ponto de vista de Marley: vemos o cão através dos olhos de seus donos. Por isso Marley não é o centro da história,e sim mais um integrante da família Grogan.
Desde sua “adoção”, Marley participa de várias etapas de um jovem casal. Jane depois de ter seus filhos decide parar de trabalhar, mas a dúvida por tal decisão a incomoda ao extremo. John quer largar a coluna do jornal em que trabalha onde conta todas as estripulias vividas com seu cão. Entre elas, o hilário dia em que o casal leva Marley em uma aula de adestramento: um verdadeiro desastre!
A forma que o diretor David Frankel utilizou para as passagens de tempo possibilita que acompanhemos vários acontecimentos da vida da família. Ao longo do filme o casal revê uma pasta com as colunas de Grogan contando os episódios vividos com Marley.
As peraltices de Marley são ressaltadas com planos peculiares, zooms, que até podem parecer um pouco estranhos, mas conseguem atingir seu objetivo que é dar um veia cômica para os estragos feitos pelo labrador.
O sucesso de “Marley e Eu” se dá identificação do público com a vida deste jovem casal e seu cão. Os problemas encontrados ao longo da vida são tratados com naturalidade, como na crise de stress vivida por Jenny ao engravidar do terceiro filho. Tudo é descarregado em Grogan e em Marley.
Na primeira metade do filme, as lágrimas são das gargalhadas que o roteiro nos permite. Já na segunda parte a sensibilidade de Marley emociona. Quando Jenny perde seu bebê na primeira gravidez, bastou uma cena de 30 segundos para mostrar o envolvimento entre um cão e seu dono.
Assim como no livro, no filme Marley é definido como o “pior cão do Mundo”. Talvez pior por destruir tudo que está ao alcance de sua mandíbula. Mas seu companheirismo e fidelidade a família Grogan o torna o cão mais especial do mundo. Na cena final, esta cumplicidade é apresentada de maneira ímpar, com o jornalista tocando seu corpo pela última vez, enquanto Jenny relembra momentos especiais entre eles.
È impossível segurar as lágrimas. Há muito não via tantas pessoas diferentes sair com olhos vermelhos da sala de cinema. Quem tem, ou teve um amigo canino sabe como é! Marley, Edu, Bud, Ziggy. Muita vida e carinho a estas criaturas especiais que fazem parte de nossas vidas!!!

Curiosidades: para as filmagens de Marley e Eu foram necessários 22 cachorros para viver Marley, a maioria deles filhote. Os cães escolhidos eram treinados para parecerem destreinados, agindo assim como o personagem, que não segue nenhuma regra.

TRAIÇÃO VIRTUAL - Crônica

Por Ary Brasil Marques

Leandra Sabino estava feliz. Ela ganhara de seu marido um computador só para ela. Agora poderia navegar pelo mundo todo pela Internet e se comunicar com suas amigas. Leandra se sentia inferiorizada em relação a todas as suas amigas, pois todas elas tinham computador e a olhavam com ar de superioridade quando Leandra mostrava ignorância sobre o assunto.

Seu marido era médico e tinha seu computador no seu consultório.
Finalmente, depois de pedir várias vezes esse presente que tanto almejava, o novo equipamento chegou.

Leandra já sabia lidar com o micro porque, antes de se casar, havia trabalhado no setor de informática de uma grande empresa.

Eufórica, passou a dedicar a maior parte de seu tempo ao novo hobby. Cadastrou-se no MSN, instalou o Skype e entrou de cabeça no Orkut, onde passou a fazer parte de várias comunidades, acompanhando suas amigas que lhe davam dicas sobre o assunto.

Leandra tinha empregada e também uma babá que cuidava de seus dois filhos menores. Passou a viver muito mais para o computador que para sua casa e para seu marido. Marido? O marido ficava a maior parte do tempo fora de casa, alegando sempre motivos profissionais. Médico vive 100% para seus clientes e não tem tempo para si mesmo, dizia ele.
Leandra se interessou por um chat e ficava horas teclando com amigos novos, virtuais.

Certo dia, conheceu pelo computador uma pessoa muito gentil. O novo amigo, atencioso, conversava com ela diariamente. Ele usava um pseudônimo, mas dizia ser solteiro, e a conversa foi ficando cada dia mais ousada.

Leandra comparava a atenção que recebia do amigo internauta com a pouca atenção de seu marido.

Ela também usava no computador um nome fictício, pois tinha medo de se identificar.

Papo vai, papo vem, e o relacionamento dos dois amigos virtuais foi ficando cada vez mais quente. Chegou a um ponto que os dois resolveram marcar um encontro para se conhecerem pessoalmente.

Combinaram se encontrar em uma livraria do Shopping. Cada um deu ao outro a indicação da roupa que usariam nesse encontro. Ele iria de terno marrom com um lenço branco no bolsinho do paletó, e ela iria com um tailleur azul e uma flor em sua blusa. O encontro era para ser às 14 horas, no local combinado.

Leandra se perfumou, cuidou de seus cabelos e de suas unhas, e saiu de casa toda produzida, com o coração aos saltos.

Chegou ao Shopping. Foi até a livraria e procurou pelo “namorado virtual”.

Recuou surpresa, absorta, aniquilada e muda. O parceiro tão aguardado era o seu próprio marido. Uma traição. Traição virtual. Traição da esposa e do marido, ambos com seu próprio cônjuge.
Coisas de informática.

Postagem retirada do blog teardesentidos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

DO SENSO DE IRONIA

Cada geração se depara, mais cedo ou mais tarde, com a necessidade de adaptação e aquisição de capacidades indispensáveis para a sobrevivência. Ou, vá lá, pelo menos pra harmonia da vida em grupo. Agora que as redes sociais estão bombando, é importante que a gente saiba como se comportar dentro delas. E foi assim que o senso de ironia acabou de entrar pra lista de sensos fundamentais, ao lado do senso comum, do bom senso (também conhecido como simancol), do senso estético e do senso de direção: a partir de agora, colega, sem ele, você tá na roça e vai carpinar sozinho.

É que as pessoas, meu deus, as pessoas estão falando sem parar. Blogs, twitters, tumblrs, readers – e todos os desdobramentos: caixa de comentários, feeds, retuitadas, trending topics, tumblaridade, likes, follows, unfollows, compartilhamento, notas. Some-se a essa avalanche de comunicabilidade que nós somos pós-modernos, ou qualquer coisa que indique que tudo aquilo que já foi grave, gravíssimo, é ainda grave, gravíssimo mas permanece irresoluto e virou piada. As pessoas estão dizendo e repetindo tout et n'importe quoi, meu deus, as pessoas estão fazendo piadas. Boas e ruins, quero dizer. E tem gente que sai atirando indiscriminadamente pra todo lado como uma matracalhadora e criticando qualquer manifestaçãozinha de humor, sarcasmo, ironia ou non sense (esse coitado ainda não entrou pra academia brasileira de sensos, permanece banido até segunda ordem).

Enfim, eu não sei dos outros, mas a ironia urge defender. Ela não pode morrer à mingua, surrada por aqueles que tomam tudo ao pé da letra e acham que toda frase é uma sentença. A ironia é gente boa. Prestando atenção, vê-se que ela diverte a gente quando eleva o que é rasteiro e rebaixa o que é elevado. Ela troca os termos e os valores de uma equação, ela brinca com as expectativas, ela permite que a gente se vingue de injustiças e perversidades, ainda que seja uma vingancinha boba, amarelenta, passageira. Ainda que trocentas pessoas repitam uma ironia, ela não se torna grande coisa. Mas também não é porque uma ironia se populariza que ela deixa de ser bacana. Entender uma ironia é a alfabetização do momento, então, como eu disse, urge aprender. Eis minhas cinco dicas de como captar uma ironia.

1 – Não acredite que aquela celebridade instantânea realmente alcançou a posteridade e amor incondicional de todo mundo. Assim como você, a gente sabe que nada é mais efêmero do que a condição de celebridade. A graça está justo nesse pedestal absolutamente imerecido.



2 – O mesmo vale pros grandes assuntos intelequituais. Gente que inventa ideias, assim, genuinamente, acho que tem umas 10 no mundo. E elas não estão no twitter. O que as demais pessoas (na definição do Jota Quest: você, eu e todo mundo cantar junto) fazem é negar, repetir, adaptar, distorcer, reformular, simplificar, universalizar, transferir, recortar, colar, colorir, esticar, puxar. As tais ideias, bem entendido. Então se é pra começar um longo debate, que não seja por causa de um detalhe numa frase que fulaninho tuitou. Fulaninho, coitado, devia estar sendo irônico e não merece pagar por isso.



3 – As pessoas que dizem querer salvar o mundo se dividem em dois grupos: o dos chatos idealistas e o dos irônicos interessantes. Os chatos passarão a vida inteira implicando com aqueles que não agem segundo suas certezas. Não seja um chato idealista. Os irônicos são aqueles que mostrarão nossas contradições e insignificância. Eles não salvam nada nem ninguém, os irônicos, mas eles talvez mudem alguma coisa. Só não me perguntem o quê.



4 – Aqui deveria haver mais uma diquinha pra fechar o número 5, mas nada me ocorre. Pule esse item, por obséquio.



5 – Se você não tem certeza se está diante de uma ironia, imagine-a sendo cantarolada pelo Chacrinha ou cartunizada pelo Ziraldo. Riu? Sorriu, ao menos? Então é só uma ironia.

Retirado do blog: http://ateaquitudobem.blogspot.com

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

QUEM TEM MEDO DO PRÉ-SAL?

Leandro Fortes Colunista da Revista Carta Capital


O pré-sal trouxe um problema extra de longo prazo à oposição, sobretudo para os tucanos, cuja sobrevivência política está cada vez mais ameaçada pela falta absoluta de um discurso capaz de se contrapor ao Palácio do Planalto. Até a descoberta das reservas de petróleo do pré-sal, ainda era possível ao PSDB e a dois de seus mais importantes satélites, DEM e PPS, enveredarem-se no varejo das guerrilhas midiáticas montadas sobre dossiês e grampos fajutos. Havia sempre a chance de desconstruir as políticas sociais do governo Lula a partir da crítica fácil (e facilmente disseminada por jornalistas amigos) ao Bolsa-Família, descrito, aqui e ali, como uma fábrica de vagabundos, de jecas tatus preguiçosos e indolentes, sem falar no estímulo à ingratidão de domésticas mais interessadas – vejam vocês! – em criar os filhos do que esquentar o corpo no fogão a troco de um salário mínimo. Agora, o espaço para esse tipo de manobra tornou-se diminuto, para não dizer irreal.

A capacidade futura de gerar recursos do pré-sal, contudo, é circunstancialmente menor que o seu atual potencial político e eleitoral, e nisso reside o desespero da oposição. Há poucos dias, o governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, chegou ao ponto de se adiantar ao tempo e anunciar futuras mudanças no marco regulatório do pré-sal, falando como presidente eleito, a um ano das eleições. O senador Álvaro Dias, tucano do Paraná, livre de todos os escrúpulos, admitiu estar atrás de uma empresa americana do setor petrolífero para juntar munição contra a Petrobras. No Senado Federal, um dia depois do anúncio oficial do pré-sal, um grupo de senadores se revezou na tribuna para choramingar contra o projeto eleitoral embutido no evento, quando não para agourar a possibilidade de todo esse petróleo ser usado, como quer Lula, para combater a pobreza no Brasil. E é nisso, no fim das contas, que reside a tristeza tucana e de seus companheiros de infortúnio.

Manter o pré-sal sob responsabilidade exclusiva da Petrobrás, como quer o governo, confere à opção uma cor, digamos, chavista, no melhor sentido da expressão, por deixar ao arbítrio do administrador da riqueza mineral em questão o poder de utilizá-la em programas voltados para o bem estar social, principalmente, nos setores de educação e saúde. Esse poder, que na verdade é do Estado, carrega consigo um óbvio e incalculável potencial eleitoral do qual Lula, que nunca foi bobo, não irá abrir mão. Não por outra razão, ao discursar sobre o tema, em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente deu uma cacetada nos tucanos ao lembrar ao distinto público da sanha do PSDB, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, em privatizar a Petrobras (chamada pelos tucanos de “último dinossauro” estatal) e rebatizá-la de Petrobrax – uma designação tida como “mais internacional” por mentes notadamente sub-colonizadas.

A perspectiva de utilização de recursos petrolíferos em programas sociais, calcada no modelo adotado por Hugo Chávez, na Venezuela, é a fonte permanente de todo o terror da direita sulamericana, inclusive a brasileira, menos pelo fator ideológico embutido na discussão, mais pelo pavor de deixar nas mãos de um adversário tal instrumento poderoso de financiamento de novas e ainda mais ousadas políticas de distribuição de renda e assistência social. O interessante é que, se tudo der certo, o auge da exploração do pré-sal se dará em 2015, um ano depois, portanto, do mandato do sucessor de Lula.

Ou seja, o desespero da oposição está projetado para uma possível reeleição da ministra Dilma Rousseff, que sequer se sabe se será eleita."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL ASUFPel - SINDICATO - 24/09 - quinta-feira

ASSEMBLÉIA ASUFPel- SINDICATO - 24/09 - quinta-feira
Convocamos a categoria para a realização da nossa assembleia geral que ocorrerá dia 24/09- quinta-feira - 14horas - sede da ASUFPel

Pauta:

- Informes locais e nacionais
- GEAP
- Calendário Acadêmico
- Outros assuntos

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

POR QUE O AGRONEGÓCIO TEM TANTO MEDO DA MUDANÇA NOS INDICES?

Nota do MST sobre CPI protocolada no Congresso Nacional

A força das nossas mobilizações e o avanço das conquistas dos trabalhadores Sem Terra causaram uma forte reação do latifúndio, do agronegócio, da mídia burguesa e dos setores mais conservadores da sociedade brasileira contra os movimentos sociais do campo, em especial o MST, principalmente por causa do anúncio da atualização dos índices de produtividade da terra pelo governo Lula.

Denunciamos que a CPI contra o MST é uma represália às nossas lutas e à bandeira da revisão dos índices de produtividade. Para isso, foi criado um instrumento político e ideológico para os setores mais conservadores do país contra o nosso movimento. Essa é a terceira CPI instalada no Congresso Nacional contra o MST nos últimos cinco anos. Além disso, alertamos que será utilizada para atingir os setores mais comprometidos com os interesses populares no governo federal.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), líderes da bancada ruralista no Congresso Nacional, não admitem que seja cumprida a Constituição Federal de 1988 e a Lei Agrária, de fevereiro de 1993, assinada pelo presidente Itamar Franco, que determina que "os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados, periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional".

Os parâmetros vigentes para as desapropriações de áreas rurais têm como base dados do censo agrário de 1975. Em 30 anos, a agricultura passou por mudanças tecnológicas e químicas que aumentaram a produtividade média por hectare. Por que o agronegócio tem tanto medo da mudança nos índices?

A atualização dos índices de produtividade da terra significa nada mais do que cumprir a Constituição Federal, que protege justamente aqueles que de fato são produtores rurais. Os proprietários rurais que produzem acima da média por região e respeitam a legislação trabalhista e ambiental não poderão ser desapropriados, assim como os pequenos e médios proprietários que possuem menos de 500 hectares, como determina a Constituição.

A revisão terá um peso pequeno para a Reforma Agrária. A Constituição determina que, além da produtividade, sejam desapropriadas também áreas que não cumprem a legislação trabalhista e ambiental, o que vem sendo descumprido pelo Estado brasileiro. Mesmo assim, o latifúndio e o agronegócio não admitem essa mudança.

Os setores mais conservadores da sociedade não admitem a existência de um movimento popular com legitimidade na sociedade, que organiza trabalhadores rurais para a luta pela Reforma Agrária e contra a pobreza no campo. Em 25 anos, tentaram destruir o nosso movimento por meio da violência de grupos armados contratados por latifundiários, da perseguição dos órgãos repressores do Estado e de setores do Poder Judiciário, da criminalização pela mídia burguesa e até mesmo com CPIs.

Apesar disso, resistimos e vamos continuar a organizar os trabalhadores pobres do campo para a luta pela Reforma Agrária, um novo modelo agrícola, direitos sociais e transformações estruturais no país que criem condições para o desenvolvimento nacional com justiça social.

Secretaria Nacional do MST

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

BOM FIM DE SEMANA A TODOS E A TODAS

Como fazemos toda sexta-feira, postamos uma crônica e a sugestão de um filme, indicado pela Profa. Lanza Xavier, do Curso de Cinema e Animação. Esperamos que todos tenham um bom descanso. Não esqueçam, na próxima quinta-feira teremos a nossa assembléia geral. Um abraço!

SUGESTÃO DE FILME - O Filho da Noiva

Relações humanas, sonhos, mudanças, limites. O diretor argentino Juan José Campanella nos questiona a todo tempo sobre estas questões no belíssimo filme “O Filho da Noiva”. A produção é um drama, que nos permitir rir em diversas passagens e se passa durante a tempestade econômica em Buenos Aires. Conta a história de Rafael Belvedere, um quarentão que passou a vida cuidando de um restaurante que herdou de seu pai, o apaixonado Nino. Porém, era um homem sem realizações pessoais. Foi abandonado pela mulher, mal conhecia sua filha adolescente, ficou quase um ano sem ver sua mãe que sofre com os primeiros sintomas do mal de Alzheimer (falta de memória) e que vive em uma clínica de idosos. Além disso, passa as madrugadas assistindo Zorro, não quer assumir compromisso algum com sua namorada, apenas leva este relacionamento. Isso tudo, acompanhado de seu enorme vício no tabaco.
Assistindo esta primeira parte do filme, nos deparamos com uma questão que comumente ronda nossa rotina: estamos nós realizados, felizes com a vida que levamos? Muitas vezes o comodismo, por praticidade ou talvez, malandragem, preguiça, nos impede de buscar nossos verdadeiros sonhos.
Na seqüência do filme, uma grande transformação se inicia na vida de Rafael. Primeiro, seu pai anuncia que quer casar na Igreja com sua esposa, quarenta anos após o inicio de seu relacionamento. Nino quer renovar esse amor e realizar um grande sonho de sua amada. Depois, o protagonista sofre com uma grave doença, chegando bem perto da morte. A partir daí, sua opção de vida muda. Ele resolve vender o restaurante, se aproximar da filha, visitar sua mãe e, finalmente, ajudar seu pai a realizar o sonho de casar novamente com sua mãe.
Até aqui, pode se pensar que o filme é apenas um grande drama. Mas a comédia relatada no inicio do texto? Bem, o humor é dado pelos bem construídos diálogos. Há diversas passagens com um ar sarcástico, todos os personagens apresentam em suas falas um tom irônico. Há, por exemplo, um diálogo entre Rafael e o padre que realizaria a cerimônia, ele diz:
- Meu filho, Deus não é homem, nem mulher, nem branco, nem negro...
-Ah, padre, esse é Michael Jackson.
Em outro momento, o amigo de infância, que representou o padre no casamento diz a um convidado:
- ...porque ele veio nos salvar e o crucificaram. (Rafael o chama de lado)
- Chega de Jesus, diz o protagonista.
- Que Jesus? Eu estava falando de Maradona, encerra o ator.
A grande sacada de Campanella foi utilizar o humor de uma maneira que pode ser entendido por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo para tratar de um tema tão pertinente na sociedade atual.
No filme uma situação extrema foi necessária para que Rafael se desse conta que uma transformação era necessária. Será que em nossas vidas, isso é preciso? O diretor teve o compromisso de nos questionar quanto à maneira que levamos nossa vida, o comodismo e a busca por realizações.
Às vezes substituímos, ao longo do tempo, alguns sonhos mais fantasiosos por objetivos mais maduros, concretos. Mas a questão é que eles não deixam de existir, continuam fazendo parte de nossas metas. Pessoas como Rafael são facilmente encontradas, sujeitos que se rendem a realização de sonhos mais palpáveis, simples, fáceis de ser conquistados. A força pela concretização dos planos sonhados ao longo da vida, vai diminuindo, até que algo impactante aconteça para que voltemos a prestar atenção no que estamos fazendo de nossos dias.
É essencial que se pense: Quais nossos sonhos de infância, da adolescência,da vida adulta, da melhor idade? Os renovamos ao passar do tempo? Paramos para avaliar tudo que conquistamos? Não podemos deixar que a força de viver, de realizar nossos desejos se perca na rotina imposta pela vida. Vamos sonhar, mais e mais!
Esta é a minha dica! Veja e reveja esta bela produção de nossos hermanos!

O Filho da Noiva (El Hijo de la Novia). 2001. Argentina. Diretor e Roteirista: Juan Jose Campanella. Elenco: Ricardo Darin, Hector Alterio, Norma Aleandro, Eduardo Blanco, Natalia Verbeke, Gimena Nobile, Claudia Fontan. Gênero: Comédia. Duração: 124 minutos. Produção: Mariela Besuievsky. Classificação: Livre.

UM IDOSO NA FILA DO DETRAN

Zuenir Ventura

"O senhor aqui é idoso", gritava a senhora para o guarda, no meio da confusão na porta do Detran da Avenida Presidente Vargas, apontando com o dedo o tal "senhor". Como ninguém protestasse, o policial abriu o caminho para que o velhinho enfim passasse à frente de todo mundo para buscar a sua carteira.

Olhei em volta e procurei com os olhos 0 velhinho, mas nada. De repente, percebi que o "idoso" que a dama solidária queria proteger do empurra-empurra não era outro senão eu.

Até hoje não me refiz do choque, eu que já tinha me acostumado a vários e traumáticos ritos de passagem para a maturidade: dos 40, quando em crise se entra pela primeira vez nos "entra"; dos 50, quando, deprimido, salte que jamais vai se fazer outros 50 (a gente acha que pode chegar aos 80, mas aos 100?); e dos 60, quando um eufemismo diz que a gente entrou na "terceira idade". Nunca passou pela minha cabeça que houvesse uma outra passagem, um outro marco, aos 65 anos. E, muito menos, nunca achei que viesse a ser chamado, tão cedo, de "idoso", ainda mais numa fila do Detran.

Na hora, tive vontade de pedir à tal senhora que falasse mais baixo. Na verdade, tive vontade mesmo foi de lhe dizer: "idoso é o senhor seu pai. O que mais irritava era a ausência total de hesitação ou dúvida. Como é que ela tinha tanta certeza? Que ousadia! Quem lhe garantia que eu tinha 65 anos, se nem pediu pra ver minha identidade? E 0 guarda paspalhão, por que não criou um caso, exigindo prova e documentos? Será que era tão evidente assim? Como além de idoso eu era um recém-operado, acabei aceitando ser colocado pela porta adentro. Mas confesso que furei a fila sonhando com a massa gritando, revoltada: "esse coroa tá furando a fila! Ele não é idoso! Manda ele lá pro fim!" Mas que nada, nem um pio.

O silêncio de aprovação aumentava o sentimento de que eu era ao mesmo tempo privilegiado e vítima — do tempo. Me lembrei da manhã em que acordei fazendo 60 anos: "Isso é uma sacanagem comigo", me disse, "eu não mereço." Há poucos dias, ao revelar minha idade, uma jovem universitária reagira assim: "Mas ninguém lhe dá isso." Respondi que, em matéria de idade, o triste é que ninguém precisa dar para você ter. De qualquer maneira, era um gentil consolo da linda jovem. Ali na porta do Detran, nem isso, nenhuma alma caridosa para me "dar" um pouco menos.

Subi e a mocinha da mesa de informações apontou para os balcões 15 e 16, onde havia um cartaz avisando: "Gestantes, deficientes físicos e pessoas idosas." Hesitei um pouco e ela, já impaciente, perguntou: "O senhor não tem mais de 65 anos? Não é idoso?"

— Não, sou gestante — tive vontade de responder, mas percebi que não carregava nenhum sinal aparente de que tinha amamentado ou estava prestes a amamentar alguém. Saí resmungando: "não tenho mais, tenho só 65 anos."

O ridículo, a partir de uma certa idade, é como você fica avaro em matéria de tempo: briga por causa de um mês, de um dia. "Você nasceu no dia 14, eu sou do dia 15", já ouvi essa discussão.

Enquanto espero ser chamado, vou tentando me lembrar quem me faz companhia nesse triste transe. Ai, se não me falha a memória — e essa é a segunda coisa que mais falha nessa idade —, me lembro que Fernando Henrique, Maluf e Chico Anysio estariam sentados ali comigo. Por associação de idéias, ou de idades, vou recordando também que só no jornalismo, entre companheiros de geração, há um respeitável time dos que não entram mais em fila do Detran, ou estão quase não entrando: Ziraldo, Dines, Gullar, Evandro Carlos, Milton Coelho, Janio de Freitas (Lemos, Cony, Barreto, Armando e Figueiró já andam de graça em ônibus há um bom tempo). Sei que devo estar cometendo injustiça com um ou com outro — de ano, meses ou dias —, e eles vão ficar bravos. Mas não perdem por esperar: é questão de tempo.

Ah, sim, onde é que eu estava mesmo? "No Detran", diz uma voz. Ah, sim. "E o atendimento?" Ah, sim, está mais civilizado, há mais ordem e limpeza. Mas mesmo sem entrar em fila passa-se um dia para renovar a carteira. Pelo menos alguma coisa se renova nessa idade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VIVA A SEMANA FARROUPILHA!

Por Antônio Oliveira, Jornalista

Semana Farroupilha é sempre uma convocação à meditação. Lembrar nossos históricos ídolos e suas façanhas. Uma reavaliação daquilo que fomos, do que somos e fazer projeções. É importante que façamos isto sem ressentimentos e com consciência e responsabilidade cívicas. Sempre com o foco no aprimoramento das instituições democráticas para o bem da coletividade e para o aprofundamento das relações de respeito entre os humanos.

Um exame da nossa história dos séculos passados e mais recente mostrará feitos memoráveis em todas as áreas, literatura, artes, imprensa, inclusive a desportiva, por que não? E a desportiva é importante até que se destaque para evitarmos no futuro episódios lamentáveis como o ocorrido recentemente, em que a memória da torcida gremista foi traída ao formar uma seleção de todos os tempos, deixando de lado Airton Ferreira da Silva e Alcindo Martha de Freitas, para citar só duas das maiores injustiças, já que alguns lembraram até de um tal de China.

Quem é esperto já deve ter notado que estou despistando para não mostrar nas primeiras linhas o caminho por onde e o lugar onde quero chegar. Vivo os tempos atuais e é nele que meus pensamentos se debatem diariamente. Não é possível lembrar nossos heróis de outros tempos sem sentir a falta que eles nos fazem nos dias atuais.

Temos num caso só e recente dois exemplos de fatos que a sociedade gaúcha lamenta e deixa margens para pensarmos até que aqueles gaúchos de faca na bota, honrados, do qual tanto nos orgulhamos, já não existem mais. Viraram pura ficção. Areia voando no deserto.

Podem até me recriminar, dizendo que propriedades são invadidas no Estado e ninguém faz nada, e então, só para complicar, eu perguntaria quem são os donos originais destas terras, mas não há Cristo que me justifique um assassinato de alguém a tiros, pelas costas. E executado por alguém que, justamente ao contrário, deveria proteger aquele que teve, de maneira estúpida e covarde, sua voz calada a balas.

Refiro-me ao sem terra, sem nada, só com esperança e coragem, Elton Brum da Silva. Morto, dia 21 de agosto, em São Gabriel, por um soldado da Brigada Militar (nos quartéis todos são soldados, do raso ao coronel, ao almirante, ao brigadeiro, ao general) que não devia estar portando arma letal naquele momento. Imaginem se os comandantes da Brigada Militar de antigamente, de outros tempos, deixariam de divulgar e mandar prender imediatamente um soldado que matasse alguém irresponsavelmente como foi o caso. Impossível de imaginar, claro. Já houve tempos em que os comandantes da Brigada Militar eram justos e respeitavam os gaúchos que lhes pagam os salários. E os Pedro e Paulo desfilavam na minha rua, na Vila do IAPI, e até tomavam café nas casas das pessoas.

Neste mesmo caminho, levanto outra questão, justamente na área em que atuo, o jornalismo. Lembro de outras épocas em que nos orgulhávamos dos jornalistas do Rio Grande do Sul. Pelas suas competência, criatividade, coragem e desprendimento. Lembramos com saudades das histórias de João Batista Aveline disfarçado de funcionário dos Correios para buscar uma denúncia sobre fardos de correspondências que eram jogados no lixo em vez de serem distribuídos aos seus destinatários. De Sérgio Caparelli tendo dificuldades para sair do Hospício São Pedro depois de passar alguns dias internado lá para fazer matéria denunciando os maus tratos que sofriam os doentes mentais internos.

Recentemente, até Giovani Grizotti andou passeando dentro dos prédios da Secretaria de Segurança Pública para mostrar que ali não havia nenhuma segurança. Fardado de brigadiano, passou por todas as portarias sem que alguém lhe pedisse uma identificação ou lhe impedisse a passagem.

É por isso que não entendo a razão de até hoje (um dia depois do 20 de setembro completará um mês) um só jornalista não ter publicado o nome deste brigadiano assassino. Imagino que isto não teria acontecido em outros tempos. Garanto que em 24 ou 48 horas, o nome dele já estaria publicado na imprensa. E não vou citar nomes de jornalistas que atuam hoje, e que poderiam fazer a coisa certa, mas não o fazem, para evitar constrangimentos. Em tempos muito mais rudes, sob a ditadura militar, de um dia para o outro denunciamos o nome de um delegado de polícia torturador que exagerou no castigo (um caldo) a um jovem enteado seu e o matou.

São estas as razões que me levam a crer que não se fazem mais gaúchos heróicos, sérios e honrados como antigamente. Na Polícia e no Jornalismo. Por isso, a Semana Farroupilha tem que ser cada vez mais prestigiada, festejada, para revivermos os heroísmos do passado. Talvez um dia recobremos a hombridade, a vergonha na cara. Viva a Semana Farroupilha ! E vejam que eu escrevi tudo isto e em nenhum momento citei a palavra corrupção.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Elogio da Dialética

Certos acontecimentos da vida, me fazem pensar nas palavras de dois poetas comunistas, Maiakowisky e Brecht, militantes revolucionários, ambos perseguidos pela intolerância, e absolvidos e venerados pela História...



" A fraternidade é uma bandeira vermelha, a tremular nos corações dos justos, a tolerância é uma arma usada pelos sensatos, os perseverantes vencem pelo convencimento, os fortes tem o dom da perseverança e paciência."
Vladimir Maiakowisky, poeta revolucionário russo.
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Elogio da Dialética

(de Bertold Brecht, poeta comunista alemão)

A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.
No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".

Postagem retirada do blog:www.heldermolina.blogspot.com

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ASSEMBLÉIA ASUFPel- SINDICATO - 24/09 - quinta-feira

Convocamos a categoria para a realização da nossa assembleia geral que ocorrerá dia 24/09- quinta-feira - 14horas - sede da ASUFPel

Pauta:

- Informes locais e nacionais
- GEAP
- Calendário Acadêmico
- Outros assuntos

CONTRA O MACHISMO DA CPI DA CORRUPÇÃO

A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!

Violência contra uma Mulher. É assim que classificamos o que tem acontecido nas sessões da CPI da Corrupção. É assim que tratamos quando sofremos violência no espaço público ou no privado. Não vamos nos calar diante do machismo, de falas desclassificadas, desrespeitosas e com tons de deboches que alguns deputados vem tratando a deputada Stela Farias. Ficamos chocadas, ainda, ao ler a materia postada no blog do PSDB do Rio Grande do Sul, onde escrevem que é preciso "Arreios à mão, para domar Stela" no título da matéria e finalizam escrevendo que "A base aliada terá que ter determinação e firmeza para domá-la". Isto é preconceituoso, misógino e machista e vem com o objetivo de desclassificá-la somente pelo fato de ser uma mulher a conduzir a CPI. Ou se fosse um homem diriam que ele precisaria de arreios?

A Assembleia Legislativa não pode compactuar com estas atitudes e declarações, que tentam diminuir o trabalho brilhante que a deputada vem desenvolvendo diante desta CPI, assim como o fez na CPI do Detran. Nossa luta cotidiana pela emancipação e autonomia das mulheres caminha junto com a luta por relações igualitárias entre homens e mulheres. Exigimos que a Assembleia Legislativa não permita que este tipo de manifestação se repita nem dentro das sessões da CPI e em nenhum lugar desta casa.

Fora machistas, homofóbicos, lesbofóbicos e misóginos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul

Marcha Mundial das Mulheres do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

UM BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS(AS)

Desejamos a todos e todas colegas um fim-de-semana de muita paz e descanso. Como pretendemos fazer todas as sextas-feiras, postamos uma crônica e sugerimos um filme. Aproveitamos para lembrá-los de nossa assembléia na próxima segunda-feira, às 14h, na sede do nosso sindiocato. Um abraço!

CRÔNICA - Mané le Coiffeur - com ou sem emoção?

Mané le Coiffeur sempre começa suas esculturas capilares, que é como chama um singelo corte de cabelo, com uma pergunta:

- C'est avec ou sans emotion?

Enquanto o cliente reflete, ele improvisa um balé, piruetando com uma tesoura em cada mão e cantando um trecho de Back in Bahia, do Gil: "puxando o cabelo, nervoso querendo ouvir Celly Campelo pra não cair naquela fossa". Música da qual Mané garante ser co-autor. Mas não exige direitos por na época ter ficado bravinho, como diz, com o compositor baiano, que teria mudado a letra originalmente pensada. Era "pintando o cabelo, e depois passando um cremezinho pra não sair aquela palhoça", jura, de tamancos juntos, assegurando no entanto não haver mais nenhuma ponta de mágoa entre os dois. O assunto fora superado "com o passar dos anos, muitos anos".

No seu bureau d'esthétique, a alternativa sem emoção é a mais pedida. E foi a escolhida por um conhecido antropólogo francês que entrou ali de forma meio desprevenida. Mané prontamente sentou-o na cadeira e sacou o cardápio com as opções de corte, divididas por tipo, extensão, cor e inspiração.

- E você, pensador. Como posso satisfazê-lo?
- Queria alguma coisa meio brasileira, meio exótica. Tem?
- Tem eu, fofo. Brasileiríssimo, dos pés ao último fio de cabelo alisado. Serve?
- Tô falando do corte.
- Ai, essa gente sem imaginação... Olha aqui, pra você existem várias possibilidades chi-que-tér-ri-mas. La Tour Eiffel des Tropiques, por exemplo, é um hit. Trata-se de uma elevação cônica das madeixas no centro do cocuruto, com uma singela aplicação de gel. Combinado com uma tintura especial verde e amarela dá um efeito deslumbrante. E até emagrece.
- Esse não é pra mim.
- E o Je Vous Salue Piauí? Primeiro a gente corta tudo bem curtinho. Depois coloca você naqueles secadores gigantes, tipo chapéu, sabe?, na temperatura máxima, até você começar a transpirar como a tampa de uma chaleira. Vai até apitar.
- E aí?
- Aí você se sente no verão piauiense, nem que seja por alguns minutinhos.
- Também não. Queria algo mais ousado.
- Hmmm. Então sugiro o Tropicaliagain.
- Trop quoi?
- Tropicaliagain, Jesus! O preferido de teatrólogos marginais, escritores marginais e estudantes de ciências sociais da Sorbonne.
- Marginais também?
- Sonha, baby. Esses aí só ficam à margem quando vão à beira do rio Sena tocar violão e encher a cara.
- Parece interessante.
- É sim. Dá aquele ar de manifestante do terceiro mundo que você procura, mas sem perder a classe. Classe é tudo, meu bem.
- E como é?
- É todo um processo. Primeiro uma avolumada, depois uma ligeira caracolizada e, no fim, um banho de lama.
- Gostei. E você tira a lama com xampu neutro?
- Tirar a lama? Acorda! Santa, a lama faz parte do look. Você a deixa lá até o cabelo ficar duro. Aí o visual vai estar completo. É como se a Tropicália fosse revista pelo MST.
- Perfeito! Vou fazer o maior sucesso já na próxima reunião de condomínio. Quanto custa esse?
- Depende de quanto você está disposto a pagar.

Disse isso e foi se aproximando, com a boca meio aberta e o olhar lânguido. O antropólogo deslizou pela cadeira com a agilidade de uma cobra coral e ganhou rapidinho a rua.

Não é muito comum clientes escolherem o corte com emoção. Mas às vezes acontece. Como no caso do músico tímido. Tão tímido que só tocava violão dentro do armário. Depois de alguns anos de terapia, ele encheu-se de coragem e decidiu ser mutcho loco, pirar no palco, radicalizar mesmo. E a mudança começaria pelos cabelos.

- Com emoção. E muita. Aproveita que hoje tô valente.
- Valente? Ó-ti-mo. Enfim uma franga intrépida.

Mané le Coiffeur tratou de colocar uma máscara tapando a vista do sujeito. Em seguida, vestiu-o com o avental que impede a roupa de se sujar. O músico não via nada, mas escutava tesouradas, sprayzadas e vários "humm" e "ohh". De vez em quando fazia-se também silêncio, logo interrompido por barulhos vindos dos fundos da loja. Após alguns minutos, o engenheiro capilar baiano fez dois buracos na máscara do cliente, na altura dos olhos.

- Alors, gostou?

Antes de conseguir perceber o corte, o músico reparou que Mané estava em pé ao seu lado, vestido de índia americana, de tanga, cocar e arco e flecha de plástico na mão, e a saliente barriga à mostra. Mas não demorou notar que ele mesmo tinha sido transformado em um Zorro. O avental, preto, era a capa. E a máscara completava a vestimenta.

- Tá valentérrimo. E ainda tem uma espada esperando por você ali atrás, viu? Ou melhor, por nós.

O músico até gostou da mudança. E decidiu ali mesmo montar um grupo com influências country e mexicana. No começo, convidou Mané le Coiffeur para fazer a dança da chuva nos intervalos. Mas foi só ficar um tiquinho famoso e logo esqueceu-se do cabeleireiro. Este lamentou um pouco, mas deu uma jogada de cabelos para trás e decidiu seguir adiante.

- Esses ingratos. Primeiro o Gil, agora o Zorro. Pelo menos no bureau d'esthétique o astro sou eu. Pra consolar, vou ver se o JP não está afim de uma noitada hoje, com muita emoção.

Crônica retirada do blog:cheriaparis.blogspot.com

SUGESTÃO DE FILME - ENSAIO DE UMA CEGUEIRA -

O filme foi sugerido pela Profa Lanza Xavier, que se dispôs a colborar semanalmente com o nosso blog elaborando a resenha do filme. Desde já agradecemos a disposição da referida profa. e dos profs. do Curso de Cinema e Animação da UFPel.

Ensaio de uma Cegueira

Um filme que se passa em lugar algum, com pessoas sem nome. Uma reflexão sobre a sociedade atual e a cegueira que nos cerca. Incômodo, estranheza, foram estas sensações que tomaram conta de mim ao assistir “ Ensaio de uma Cegueira”, do diretor Fernando Meirelles. A história é baseada no livro de José Saramago, que por diversas vezes vetou as tentativas de adaptação de sua obra acreditando que o “cinema destrói a imaginação”. Mas o talento de Meirelles fez com que este autor, laureado com o Prêmio Nobre da Literatura, se emocionasse ao assistir o filme pela primeira vez.
A impressão que se tem pelo título é que se trata de uma filme sobre cegueira. Mas ele vai muito além disso. É um reflexão sobre os limites do ser humano, a deterioração da sociedade através da história de uma inexplicável epidemia de cegueira que toma conta de uma sociedade, e apenas uma mulher –identificada como a mulher do médico- continua a enxergar. Ao perder a visão os personagens revelam o lado obscuro de suas almas. Isolados em um manicômio abandonado a mulher do médico, representado por Julianne Moore, é a única pessoal que enxerga o verdadeiro caos que ao longo do tempo passa a se instaurar no local: falta de comida, de espaço, higiene, de “ordem”.
A forma em que a história se apresenta é o que me causou um tipo de desconforto. A cegueira branca é apresentada todo tempo, mesclado a imagens “normais” (diga-se colorida), com uma fotografia fria. O foco incerto, câmera subjetiva, oscilante, cortam, por vezes, personagens pela metade. O não esclarecimento de o porquê da epidemia, do local onde ela ocorre, os nomes dos personagens, a razão pela qual aquela única mulher continua a enxergar foram as dúvidas que percorriam meus pensamentos ao começar a assistir o filme. Depois pude perceber que este não era, nem nunca foi o objetivo da obra, assim como não era do livro de Saramago.
Saramago usou o inexplicável para experimentar as reações humanas em uma situação de caos, de falta de ordem. Desafia-nos a refletir sobre nossos limites em nome da sobrevivência. O que faríamos na falta de comida? Seríamos capazes de suportar a dor ao saber que “nossas” esposas serão estupradas em uma ala ao lado? Seriamos capazes de matar? De se suicidar? Qual o limite da ordem? Até onde controlamos e somos controlados? A personagem de Julianne Moore, a única vidente entre sujeitos a beira de um colapso,enxergando tudo isso, conclui que as pessoas mostram quem realmente são quando passam a não poder julgar a partir do que vêem. Apenas conseguimos estabelecer uma conexão verdadeira com o mundo ao nosso redor quando perdemos a capacidade do pré-julgamento. Somos dependentes uns dos outros. Enxergar alguém vai além do lado visual, é um exercício de tolerância e amor.
Lendo o diário do diretor Fernando Meirelles descobri que, entre outras, a cena do estupro teve de ser amenizada. Em uma sessão feita antes do lançamento do filme, 25 mulheres foram embora ao assisti-la. Com certeza, se eu estivesse lá, seriam 26 a levantar da poltrona. Talentosamente Meirelles deixou a situação de acordo com nosso imaginário: cenas escuras, sem nenhuma violência visível. Apenas o grito de uma delas, e o seu corpo sendo carregado pelas colegas.
Saramago nos faz refletir sobre quem realmente somos na essência, não apenas o que pensamos ser, com os rótulos impostos pela sociedade ocidental atual. Em uma situação de cegueira coletiva, estes rótulos são irrelevantes. A cegueira branca é a quantidade exacerbada de informações desordenadas que nos perturba, fazendo com que não consigamos ver o mundo como ele realmente é.
No final, Meirelles nos apresenta uma nota de otimismo, contrastando a situação de caos apresentada até então. Nossa “visão”, não no sentido físico, mas sim na fixação pelos padrões estéticos atuais é que nos afasta, ergue barreiras sociais. Seria uma cegueira coletiva a condição para o amor mútuo e verdadeiro para todos nós? Para Saramago e Meirelles sim.!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL

ASSEMBLÉIA GERAL

Dia 14/09/2009, às 14h na ASUFPel-Sindicato
Pauta:
- Informes Locais e Nacionais
- Escolha de Delegados para a Plenária da FASUBRA
- Outros assuntos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O ANALFABETO POLÍTICO

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Bertold Brecht

terça-feira, 8 de setembro de 2009

12 REGRAS DA REDAÇÃO DA GRANDE MÍDIA INTERNACIONAL QUANDO A NOTICIA É DO ORIENTE

Doze regras de redação da grande mídia internacional quando a noticia é do Oriente a cobertura parcial da imprensa possui doze preceitos, Vale a pena conferir.

1) No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

2) Os árabes, palestinos ou libaneses não tem o direito de matar civis. Isso se chama "terrorismo".

3) Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama "legitima defesa".

4) Quando Israel mata civis em massa, as potencias ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".

5) Os palestinos e os libaneses não tem o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama "Sequestro de pessoas indefesas."

6) Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinos. Isto se chama "Prisão de terroristas".

7) Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatória a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".

8) Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos EUA". Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.

9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações dos Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".

10) Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre "covardes", que se escondem entre a população civil, que "não os quer". Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama "Ação Cirúrgica de Alta Precisão".

11) Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama "Neutralidade jornalística" ou "Imparcialidade jornalística".

12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristas anti-semitas de Alta Periculosidade".

Postagem retirada do blog: www.guebala.blogspot.com

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS E A TODAS

Colegas, abaixo postamos uma crônica para diversão no fim-de-semana. A partir da semana que vem pretendemos deixar, também, sugestões de filmes. A Professora Liângela Xavier irá elaborar as resenhas. Desde já agradecemos a colaboração do Curso de Cinema e Animação para com o nosso blog. Um abraço a todos e a todas.

CRÔNICA DE FIM-DE-SEMANA

da incompatibilidade de gênios

Eu não sei o nome que se dá a um problema que não é bem um problema, daqueles que te tiram o sono e embrulham o estômago, que interrompem sua leitura e ficam pulando na sua frente da maneira mais angustiante possível. Existem vários tipos de problemas no mundo, diferentes em escala e importância entre si, e já que este é meu blog, tão pessoal e irrelevante, torna-se por excelência o espaço pros problemas igualmente pessoais e irrelevantes da minha vida. No capítulo de hoje, aquela frestinha de desentendimento com o Paulo, decorrente do fato de ele ser um biólogo e querer agir como um em todos os aspectos da existência. É preciso dizer, em minha defesa, que os biólogos geralmente são pessoas adoráveis, interessantes e engajadas, mas que podem se tornar seu pior inimigo no momento em que vc pega a segunda sacolinha de plástico no caixa do mercado pra reforçar o carregamento do engradado de cervejas. Muita cautela com eles.

Aí eu me casei com um, certo? E nós viemos morar num lugar que, de vez em quando, recebe visitas de insetos de toda ordem. Eu não me preocupo com os filos, ordens, espécies, famílias nem nada, pra mim, se é pequeno o bastante pra ser esmagado com um dedo e voa, então é mosquito e portanto alvo da minha ira. Eu me sinto uma justiceira com um inseticida na mão. Mas não meu marido. Estranhamente ele se interessa pela individualidade e especificidades de cada inseto e enquanto eu saio alucinada atrás do meliante voador, ele tenta me explicar a participação do mesmo na natureza, esse projeto megalomaníaco desse biólogo obcecado e detalhista que foi deus.
Mesmo nos raríssimos casos em que Paulo concorda com a periculosidade do mequetrefe, ele se põe a observar a rota de vôo do inseto, se gosta de sombra, luz, lugares úmidos ou secos, se pousa no teto ou nos vãos. Paulo identifica, estuda, isola o comportamento e dá uma ou duas borrifadinhas de Veja diluído em água nos lugares estratégicos, como se temesse ser descoberto pela gangue dos mosquitos sanguinários. O processo de execução de um mosquito, quando o executor é o marido, segue os padrões da CIA. Rápido, limpinho e condizente com nosso grau civilizatório. Vejam o problema: nesses casos, eu faço o tipo ROTA. Eu não quero desengordurar e perfumar o mosquito com Veja maçã verde. Aplico o método ninguém-entra-ninguém-sai do quarto, e com porta e janela fechadas, eu borrifo o inseticida mais fedorento como se não houvesse amanhã. Não me basta acertar uma rajada de veneno no delinquente zumbidor, eu tenho que apavora-lo, faze-lo fugir, implorar e, finalmente, sufoca-lo numa camada de espuma branca de inseticida. Não quero saber se é macho ou fêmea, se pica, se não pica, se só picou uma vez e foi o vizinho do 302 mas promete parar. Oh, não. Mosquito bom é mosquito morto. Mas depois que eu venço faço justiça e elimino a vida selvagem do nosso ninho de amor, Paulo tem a ousadia de reclamar do cheiro do veneno e dizer que eu exagero.

¬¬

Então é assim o casamento, uma hora a máscara cai. E você começa a descobrir nos detalhes a incompatibilidade dos gênios e acaba acreditando que gênio mesmo só você, o outro está é equivocado nessa vida. Ainda bem que há o amor, pleno e farto, ocupado das grandes coisas, dos momentos de alegria e de tristeza, da nobreza e da paciência, até que o aparecimento de uma lagartixa rara nos separe.

Postagem retirada do blog: ateaquitudobem.blogspot.com

CURSO DE FORMAÇÃO - A pedido

Dando continuidade aos cursos de formação sindical, já realizados em Rio Grande e em Pelotas, ministrados pelo Professor Helder Molina*, a ASUFPel estará proporcionando a participação de associados em um novo módulo em Tramandaí, nos dias 11, 12 e 13 de setembro. Os interessados, que já participaram das outras etapas, poderão procurar o coordenador Darci Cardoso, na sede da entidade, para inscreverem-se. O programa segue abaixo.



Curso de Formação Sindical

Análise de Conjuntura - Oratória

Organização Sindical - Centrais Sindicais



Programação

Dia: 11/09/2009



Manha

- Chegada e acomodação



Tarde:

14h – Abertura: Representantes da CUT e sindicatos presentes

14:30h – Breve histórico da Organização e Estrutura Sindical no Brasil

17:30 – Café

17:45 - Continuação

19:00 - Jantar – noite livre



Dia: 12/09/2009



Manhã

7:30h as 8:30 – Café da manhã

9h – Analise da Conjuntura Econômica, Social e Política do Brasil

11h as 11:15h – Café

11:20 - Papel dos Movimentos Sociais e dos Sindicatos na Conjuntura 2009-2010

12h – Almoço



Tarde

13:30 –Trabalho em Grupo - Leitura de texto sobre Conjuntura e Movimento Sindical

14:30h – Comunicação e Exercícios de Oratória e Postura

17:30 - Café

18h –20h- Exercícios práticos de Oratória

Noite livre



Dia: 13/09/2009



Pela manhã

07:30h as 8:30 – Café da manhã

9h - Debate sobre as Centrais Sindicais e Atual Estrutura do Movimento Sindical Brasileiro

11h as 11:15h – Café

11:20 – Debate sobre as Centrais Sindicais e Atual Estrutura do Movimento Sindical Brasileiro

12h – Almoço



13:30 - Trabalho em Grupo leitura de texto - Tarefas e Desafios para a CUT e Fasubra e a atual disputa de hegemonia no movimento sindical

14:00 - Apresentação e debate sobre os trabalhos dos grupos


* Helder Molina é historiador, educador sindical, professor da Faculdade de Educação da UERJ, assessor de formação da CUT/RJ e do SINDPDRJ.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

MARCHA MUNDIAL PELA PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

Um grupo de voluntários de diferentes culturas e países, irá realizar uma volta ao mundo em prol da Paz e da Não-Violência Ativa. O grupo sairá da Nova Zelândia no dia Mundial da Não-Violência, no dia 02 de outubro de 2009, com previsão de chegar no Brasil dia 17 de dezembro de 2009 na cidade de Manaus/AM. A partir dessa cidade, o grupo internacional juntar-se-á aos grupos brasileiros e percorrerá várias cidades ampliando-se cada vez a participação de vários conjuntos.
A Marcha Mundial prevê passar por Porto Alegre nos dias 24 e 25 de dezembro de 2009, para coletivas de imprensa e participação em eventos. No dia 26/12/09 o grupo seguirá para Montevidéu/UY e desde aí para as cidades de Buenos Aires e Mendonza/AR, onde termina a rota geográfica da Marcha Mundial pela paz e pela Não-Violência.
Muito mais que uma volta ao mundo, a principal função da Marcha Mundial é realizar milhares de ações, das mais criativas possíveis, que promovam a cultura da paz e da Não-Violência possibilitando assim a criação de uma Consciência Planetária de Paz que exija o fim das guerras e das armas e o repúdio a todas as formas de violência. A Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência é uma iniciativa da organização não-governamental Mundo Sem Guerras e Sem Violência e do Movimento Humanista e atualmente já conta com a adesão e participação efetiva de vários movimentos sociais, organizações não-governamentais, instituições públicas e privadas, universidades, grupos artísticos e milhares de pessoas voluntárias de diferentes partes do mundo. Em Porto Alegre, Eduardo Freire é o coordenador geral e também porta-voz da região sul. Descubra como se integrar e inscrever a sua cidade através do site http://marchamundial.org.br/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A CARA DE PAU DOS RURALISTAS

Digamos que um proprietário de terras rurais tenha 20 mil hectares, mas produza o mesmo que se produziria em 2 mil hectares. Levando em conta as práticas agrárias atuais e a tecnologia, esse proprietário está mantendo 18 mil hectares ociosos. Quem ganha com isso? Talvez ele, como especulador de terras. Quem perde com isso? Vários:


os agricultores que querem trabalhar e produzir, pois as terras encarecem pela menor oferta
os famintos, pois menos alimentos produzidos é alimentos mais caros
o país, pois exporta menos


Assim, é fácil ver o que ocorre se é exigido que a terra seja devidamente utilizada: mais emprego, mais produção, mais divisas e menos fome. Levando isso em conta, é pura cara de pau os ruralistas fazerem tanto barulho contra a atualição dos índices de produtividade agrária.

E, por mais estranho que pareça, temos que reconhecer que, no fundo, Elton Brum da Silva foi morto por defender as bases do capitalismo contra o feudalismo. Aliás, o quanto a reforma agrária é importante para o desenvolvimento do capitalismo é muito bem explicado no livro O Mistério do Capital. Nesse livro, Soto mostra que, na história da Américas, a diferença fundamental entre os ricos países da América do Norte e os pobres países da América Latina está, fundamentalmente, na facilidade com que terras são negociadas nos primeiros, mas se mantém estagnadas nas mãos de uns poucos nos segundos. Se nossas leis fundiárias fossem mais modernas, muitos bilhões de dólares entrariam na nossa economia, sem precisarmos de empréstimo externo algum. A atualização dos índices de produtividade agrária vai nessa direção.

Postagem retirada do blog animot.blogspot.com

terça-feira, 1 de setembro de 2009

GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUIDAS NO RS

"VIDA EM PRIMEIRO LUGAR. A FORÇA DA TRANSFORMAÇÃO ESTÁ NA ORGANIZAÇÃO POPULAR"
"A CORRUPÇÃO GERA EXCLUSÃO"

A ASUFPel-SINDICATO convida a categoria a participar do 15º Grito dos Excluidos e Excluidas 2009, dia 04/09 (sexta-feira), com concentração às 10h no Palácio Piratini. Será disponibilizado lugares em ônibus que sairá de Pelotas às 6h. Interessados deverão encaminhar-se à sede do nosso Sindicato até quinta-feira às 10h portando a CI.

Postagem feita pela Coordenação de Divulgação e Imprensa

A POLÍCIA POLÍTICA DE YEDA CRUSIUS

Marco Aurélio Weissheimer

A Polícia Civil do RS anunciou hoje que indiciou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Celso Woiciechowski, e a presidente do Centro de Professores do Estado (CPERS-Sindicato), Rejane Silva de Oliveira. Para a polícia, os sindicalistas teriam cometido peculato e crime contra a honra na campanha de outdoors contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), veiculada entre maio e junho deste ano. O peculato se deveria ao fato de “a CUT ter pago a campanha”.

A medida confirma a transformação dos órgãos de segurança do Estado em polícia política da governadora tucana, acusada pelo Ministério Público Federal de integrar uma quadrilha instalada no aparelho de Estado. Não é a primeira medida repressiva contra dirigentes sindicais em função de protestos contra o governo estadual. A presidente do CPERS foi indiciada também pelo protesto realizado recentemente em frente à casa da governadora. Durante atos públicos, assembléias de sindicatos e manifestações de protestos contra o governo, agentes da PM2 atuam disfarçados de fotógrafos para registrar imagens de manifestantes.

O sistema de escutas Guardião já foi utilizado para espionar adversários políticos. O chefe de gabinete da governadora, Ricardo Lied, foi acusado pelo ex-Ouvidor de Segurança do Estado, Adão Paiani, de utilizar o aparato de segurança do Estado para tal fim. O mesmo Lied, acompanhado de um delegado de polícia, esteve envolvido na estranhíssima visita ao ex-presidente do Detran, Sérgio Buchmann, para pedir que ele interferisse em uma ação policial, avisando o filho que estava prestes a ser preso.

O rosário de absurdos e irregularidades é longo. E não deve parar por aí. Nos últimos dias, a governadora realizou várias reuniões com a Casa Militar, além de ter se “aconselhado” com o ex-comandante da Brigada Militar, coronel Paulo Mendes, aquele que pediu uma mãozinha para Chico Fraga (outro acusado de formação de quadrilha) na sua indicação para o comando da Brigada.

Um servidor da Brigada Militar assassina pelas costas, com um tiro de calibre 12, um sem terra.

E o Ministério Público assiste a tudo isso em silêncio.

POSTADO POR ROSANE BRANDÃO - COORDENADORA DE DIVULGAÇÃO E IMPRENSA