sexta-feira, 30 de outubro de 2009

UM BOM FERIADÃO A TODOS E A TODAS

Deixamos aqui uma sugestão de filme e um texto para diversão. Teremos novas postagens somente na próxima terça-feira, quando estaremos retornando nossas atividades após este feriadão que, esperamos, seja aproveitado por todos. Um grande abraço a todos e não esqueçam: assembléia na próxima quarta-feira, às 14h, na sede da ASUFPel.

LEITURA

Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas...
Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Est atisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".

Luís Fernando Veríssimo

SUGESTÃODE FILME: NOIVAS EM GUERRA

Essa comédia é tudo de bom. E mais uma vez, como também em Sex and the city, o Filme, a questão da organização do casamento virar obsessão para a noiva, a ponto dela tornar o noivo um objeto ou mesmo esquecer-se dele, é o ponto alto desse filme.

Duas amigas de infância (Kate Hudson e Anne Hathaway) acabam marcando a data do casamento para o mesmo dia e a amizade das duas é colocada à prova. Inveja e obstinação pela festa dos sonhos levam as duas a loucuras que nos provocam muitas risadas.

Eu acho interessantíssimo o que se quer passar. O sonho do casamento que está vivo ou escondido em cada uma das mulheres, a meu ver, é levado por vezes como o ideal de vida. Mas e quando o sonho acaba? E quando chega o dia seguinte da festa? O casamento de muitas meninas já foram desfeitos e alguns mal começaram de verdade pelo único fato de que vira tudo tão mascarado, dá-se valor demais ao material, ao vestido, às bebidas, etc, que perde-se o valor principal do casamento: o amor.

Nesse filme, uma delas organizou o casamento em comemoração ao amor e a outra organizou o casamento em comemoração ao sonho de se casar. Não preciso nem dizer que apenas um deu certo, né?

Postagem retirada do blog: donaperfeitinha.blogspot.com

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CENTRAIS SE QUEIXAM DE INTERFERÊNCIA NOS SINDICATOS NA OIT

Seis centrais sindicais vão entregar na próxima segunda-feira, em Genebra (Suíça), denúncia ao diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Juan Somavia, para reclamar da interferência do MPT (Ministério Público do Trabalho) e da Justiça do Trabalho no movimento sindical.

"Em várias regiões do país, os sindicatos estão sendo chamados para assinar termos de ajustamento de conduta porque os procuradores do trabalho não consideram adequada a cobrança de taxas de não sindicalizados. É o caso da taxa assistencial, que é descontada, por conta da negociação coletiva, uma vez por ano, de quem é sócio o ou não do sindicato", diz Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical. "Se o não sindicalizado também se beneficia do mesmo reajuste negociado, por que ele não pode pagar a taxa assistencial?"


Para Força, CUT, UGT, CTB, Nova Central Sindical e CGTB, com a interferência, o país deixa de cumprir as convenções 98 e 135 da OIT, que tratam de direito de sindicalização, negociação coletiva e representação do trabalhador. "Vários sindicatos estão quebrados, sem sustentação para bancar até o custo de campanhas salariais. Não vemos a mesma vontade do MPT em fiscalizar entidades empresariais. Para os procuradores, só tem ladrão do lado dos trabalhadores", diz Paulinho.


Segundo Canindé Pegado, da UGT, a "intervenção" tem ocorrido até em cláusulas assinadas em acordos negociados entre patrões e empregados. "Até em questões como o intervalo de descanso entre jornadas o MPT tem interferido."


A CUT também informa que serão denunciados atentados e assassinato de sindicalistas. Integrantes de movimentos sociais -do MST e da Contag (que reúne trabalhadores na agricultura)- também devem participar do encontro.
Fábio Leal, presidente da ANPT (associação dos procuradores do trabalho), diz que "não há interferência" nos sindicatos. "O princípio da liberdade sindical não é absoluto. É relativo porque tem de haver respeito às leis. Mesmo que uma decisão tenha sido aprovada em assembleia, tem de respeitar a legislação."


Em relação à cobrança de taxa assistencial de não sindicalizados, ele afirma: "Há decisões do STF e do TST que determinam que a cobrança de taxas não seja feita de quem não é sindicalizado".


Luciano Athayde, da Anamatra (juízes trabalhistas), afirma que "a Justiça atua em questões em que o MPT encontrou inconsistências" e que os sindicatos já recebem financiamento do imposto sindical. "Os sindicatos deveriam mostrar sua autonomia financeira."

Retirado do blog: radio-com.blogspot.com

ASSEMBLÉIA GERAL ASUFPel/SINDICATO

A ASUFPel/SINDICATO convoca a todos para participarem da assembléia geral, na próxima quarta-feira, dia 4 de novembro, às 14h,na sede da ASUFPel.

Pauta:

- Informes locais e nacionais
- Plenária da FASUBRA eescolha de delegados
- Encontro de Aposentados e escolha de representantes
- Outros assuntos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ONU elogia redução da desnutrição e mortalidade, mas considera inaceitáveis bolsões de pobreza

O relator especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, Oliver De Schutter, elogiou o governo federal pela diminuição da desnutrição (73%) e pela queda da mortalidade infantil (45%) na última década.

Ele chamou a atenção, no entanto, para a manutenção de “inaceitáveis” bolsões de fome em algumas regiões do país, como na zona rural da Região Norte.

De Schutter disse que “a concentração fundiária é um problema no Brasil” e defendeu a estratégia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de ocupar áreas. "É uma forma de chamar a atenção para o problema.

”Na avaliação do relator da ONU, tanto o modelo de agricultura familiar quanto o agronegócio têm méritos, mas ele sugere que haja uma avaliação objetiva sobre os dois sistemas: não só considerando produtividade mas também geração de renda, emprego e preservação do meio ambiente.

Segundo ele, o aumento da concentração de terras em São Paulo ocorre devido à produção do etanol. De Schutter reconheceu o trabalho de zoneamento agroecológico feito pelo governo, mas disse que “é preciso melhorar a sustentabilidade da produção do etanol”.
Agência Brasil

Retirado do blog: guebala.blogspot.com

terça-feira, 27 de outubro de 2009

REUNIÃO DA DIREÇÃO DA ASUFPel/SINDICATO

Estaremos divulgando, toda semana, o resumo das reuniões de direção do nosso Sindicato. Abaixo, um resumo das pautas e o resultado das discussões. Importante ressaltar que as decisões, muitas vezes, não são consensuais. Entretanto, não postaremos a decisão de cada coordenador, pois serão encaminhadas as pautas aprovadas pela decisão da maioria da Coordenação. Nossas reuniões ordinárias acontecem todas as terças-feiras, a partir das 14h30min, e são abertas a toda categoria, com direito a manifestação.

Resumo:

Informes:

- Foi informado que os coordenadores, Darci, Muchila e Macanudo estiveram segunda-feira, em POA, em reunião com o ministro Tarso Genro, para encaminhar a pauta de reivindicações do GT Segurança.

- O coordenador Paulão informa sobre as discussões ocorridas no GT Negros e Negras da ASUFPel.

Pauta:

- Foi discutida a solicitação de empréstimo do salão de festas da ASUFPel por outra Entidade. A direção fará uma reunião específica para discutir as regras de aluguel/empréstimo do local.

- Foi solicitado pela Coordenação de Divulgação e Imprensa que os membros da direção enviem suas sugestões de pautas para o próximo jornal, no máximo, até a próxima segunda-feira.

- Plenária da FASUBRA: a direção fará sugestão à assembléia geral (marcada para o dia 4/11, às 14h), que se aprove a ida de dois delegados à Brasília. A definição do número e nomes se dará em assembléia.

- Encontro Nacional de Aposentados: foi encaminhada a proposta de que a ASUFPel se faça representar por dois delegados em Brasília, no período de 10 a 12/11. A definição do número e nomes se dará na assembléia.

- Exposição e leilão de quadros do grupo de pintura: a direção sugere uma exposição e, posteriormente, em evento organizado pela ASUFPel, os trabalhos deverão ser leiloados.

- Comissão provisória para a Direção Regional da CUT: a direção optou por indicar dois diretores com visões diferentes sobre a condução dos movimentos sociais e sindicais para formar a Comissão. Após votação, o coordenador Darci será o titular e a coordenadora Rosane ficará como suplente.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

UM BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS E A TODAS

Desejamos que todos possam descansar neste feriadão. Voltamos na próxima terça-feira com uma nova postagem.A partir da próxima semana divulgaremos aqui no blog um resumo da reunião semanal da diretoria do nosso Sindicato. E não esqueçam: hoje, à tardinha, teremos Happy Hour na sede da ASUFPel. Aguardamos vocês!

UM POUCO DE POESIA - MÁRIO QUINTANA

Antes e depois:
Sentir primeiro,
pensar depois,
Perdoar primeiro,
julgar depois
Amar primeiro,
educar depois
Esquecer primeiro,
aprender depois
Libertar primeiro,
ensinar depois
Alimentar primeiro,
cantar depois
Possuir primeiro,
contemplar depois
Agir primeiro,
julgar depois
Navegar primeiro,
aportar depois
Viver primeiro,
morrer depois.


Da Perfeição da Vida:
Por que prender a vida em conceitos e normas?
O Belo e o Feio. O Bom e o Mau. Dor e Prazer.
Tudo, afinal, são formas e não degraus do Ser.
No fundo, não há bons nem maus.
Há apenas os que sentem prazer em fazer o bem
e os que sentem prazer em fazer o mal.
Tudo é volúpia.

PARIS - SUGESTÃO DE FILME

"PARIS", como o próprio nome já diz, não poderia ter outro cenário, senão a própria capital francesa, nem outro idioma senão o francês. Mas a cidade mais conhecida do mundo como pano de fundo não é o único atrativo do longa-metragem dirigido por Cédric Klapisch ("Bonecas Russas") . O filme conta a história de Pierre (Romain Duris) que, segundo seu médico está em estado terminal.

A primeira pessoa para quem ele conta a triste novidade é sua irmã Élise (Juliette Binoche), e a primeira mudança que faz em sua vida é observar o mundo ao seu redor e os diferentes personagens que vivem na cidade.
Assim, a história se constrói na medida em que Klapisch aponta suas lentes para os feirantes que disputam a freguesia, para a moça que começa a trabalhar na padaria cuja dona é uma insuportável racista e mandona (Karin Viard), o arquiteto Philippe (François Cluzet), seu irmão, o professor de história Roland (Fabrice Luchini), que se apaixona pela aluna (Mélanie Laurent) e fica lhe enviando poemas anônimos por mensagens do celular.
E é a partir desse mosaico que Cédric Klapisch mostra o cotidiano de Pierre que, como professor de dança, junta seu grupo e mostra coreografias intensas, bem-construídas, embora não tenha fôlego para executar todos os saltos que são propostos. Romain Duris, aliás, é capaz de transmitir ao espectador a dor que sente e mostra que é possível superar esse momento de tensão e esperar, curtindo a vida, brincando com as sobrinhas, sendo feliz.
"PARIS" teve três indicações ao César (Oscar francês), nas categorias edição. Trata-se de um filme belo, capaz de fazer com que o espectador contemple o cenário em que a história se passa e, olhe para si e veja que ao seu redor - a vida pode ser mais bonita do que lhe parece - e o cinema tem essa capacidade.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A IRRESPONSABILIDADE DA "ELITE GAÚCHA"

Rigotto nas eleições de 2002, o jornal Zero Hora publicou um editorial saudando a derrota do governo Olívio Dutra (PT), que teria mergulhado o Estado em conflitos, e a vitória do candidato “pacificador” do PMDB. O mesmo discurso foi repetido por lideranças empresariais do Estado que apontavam o futuro governo Rigotto como uma oportunidade para a retomada de um clima de paz propício aos negócios. Esse discurso ignorava completamente o desempenho econômico do Estado no período do “governo de conflitos” (1999-2002).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação de Economia e Estatística (FEE), entre 1999 e 2001, o PIB industrial gaúcho cresceu seis vezes mais que o do Brasil, governado então por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O crescimento do Estado neste período foi de 11,7% contra 1,7% do país (e –4,7% no período entre 1995 e 1998, do governo Antônio Britto). No mesmo período, o PIB agropecuário gaúcho cresceu 23,8%, contra 16,9% do país e 4,3% do governo Britto.

Com a vitória da RBS e de seus agentes políticos “pacificadores”, foi retomada no Estado a cultura da “gestão modernizadora do Estado” que tinha no empresário Jorge Gerdau Johhanpeter e seu mítico PGQP (Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade) um de seus principais gurus. A era do PGQP atravessou o governo Rigotto, chegou ao governo Fogaça, em Porto Alegre, e prosseguiu no governo Yeda Crusius, combinado com o anunciado “novo jeito de governar”. Foi no governo Rigotto também, em 2003 para ser mais preciso, que, segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, iniciou o esquema de fraude que acabaria desviando cerca de R$ 44 milhões do Detran. Um dos principais acusados de chefiar o esquema, o deputado federal José Otávio Germano (PP) era então o secretário da Segurança Pública, substituindo o “conflituoso” José Paulo Bisol.

No último domingo, o mesmo jornal Zero Hora publicou uma matéria tratando da queda do PIB gaúcho na última década e da perda de poder econômico do Estado no cenário nacional. No plano político então, a situação é ainda pior. O Rio Grande do Sul não só perdeu poder político como virou tema de chacota nacional, graças ao desastrado governo de Yeda Crusius. Um governo onde o partido da governadora que anunciou um “novo jeito de governar” chega ao seu terceiro ano contratando uma empresa para ajudar a “construir um modelo de governo”.

Os responsáveis pela decadência política e econômica do RS na última década procuram agora esconder sua responsabilidade pelo que está acontecendo, como se tudo não passasse de um acidente da natureza. Onde está o balanço da RBS sobre as posições políticas que abraçou na última década? E as fórmulas milagrosas do Sr. Gerdau (sempre ávido em conquistar “incentivos” fiscais), contribuíram no que mesmo para o desenvolvimento do Estado? E os padrinhos políticos de Yeda Crusius e seu grupo, por que se esforçam agora em não aparecer ao lado da governadora? Qual o balanço do senador Pedro Simon que selou seu apoio a Yeda com um carinhoso beijo na testa?

Silêncio. Silêncio é a resposta a todas essas questões. A chamada “elite” gaúcha revela-se absolutamente irresponsável. Literalmente irresponsável. Não responde por seus atos e por suas escolhas. E tenta continuar aparecendo como portadora da mensagem do progresso e da modernidade, apoiada em agentes políticos que elevaram a mediocridade e a covardia a alturas nunca dantes navegadas. É assim que está o Rio Grande do Sul neste início do século XXI.

Por Marco Aurélio Weissheimer

DIA NACIONAL DE LUTA

Assembléia da ASUFPel-Sindicato, realizada ontem, 21 de outubro, aprovou, por unanimidade, a paralisação das atividades na UFPel, conforme plano de lutas indicado pela Plenária Nacional da Fasubra.
O debate central da assembléia foi a implementação do Plano de Desenvolvimento da Carreira e a demora do Conselho Universitário da UFPel na aprovação dos programas de Avaliação e Dimensionamento. “Até o momento, o Conselho aprovou apenas a Capacitação. Faltam os programas de Avaliação e de Dimensionamento. Não podemos esperar mais. A aprovação dos três programas é fundamental para o desenvolvimento da Carreira dos Técnico-Administrativos na UFPel, pois os programas são interdependentes e, sendo assim, não funcionam de forma isolada”, avalia a Coordenadora da ASUFPel-Sindicato, Ediane Acunha.
Ao final do encontro, a categoria aprovou envio de um documento ao Gabinete do Reitor pedindo reunião do Conselho Universitário para apreciação desses dois programas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Happy Hour - 23/10/2009 - 19h


Essa é uma proposta de atividade de lazer que inauguramos nesta sexta-feira e, se gostarem, iremos repetir sempre!
A coordenação de Esporte, Lazer e Cultura traz a proposta de um momento de confraternização/integração alternativo aos nossos jantares mensais, nos quais será servido um "tira-gosto" para acompanhar as bebidas e ouvir shows acústicos mais informais.
Não é necessário aderir com antecedência, basta chegar na sede da ASUFPel a partir das 19h! Os petiscos e bebidas estarão à venda no balcão do salão de festas e podem ser descontados como de costume, com o código de sócio.
Então, a programação desta sexta-feira, dia 23/10, pós 19h é

HAPPY HOUR DA ASUFPEL

Com Paulão, Fossati e Nelson - Voz e Violão.

PARTICIPE!!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL - CONVOCAÇÃO

DIA NACIONAL DE LUTA

A direção da ASUFPel convoca a categoria para a Assembleia Geral, dia 21 de outubro, quarta-feira, às 8h30min, na sede de no nosso Sindicato.

PAUTA:
- Informes locais e nacionais
- Dia Nacional de Lutas
- outros assuntos

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

UM BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS E A TODAS

Como fazemos todas as sextas-feiras, deixamos uma crônica e uma sugestão de filme. Aproveitamos para lembrar que, semana que vem, teremos assembléia. Segunda-feira próxima estaremos divulgando nossa pauta de reivindicações e convocando toda categoria. Um grande abraço!

SUGESTÃO DE FILME

"Amantes" (Two lovers)

Leonard (Joaquin Phoenix) é um homem solteiro que mora com seus pais no bairro de Brooklyn, em Nova York. Quando duas mulheres completamente diferentes entram em sua vida, ele vê tudo virar de cabeça para baixo e ficar dividido entre ambas. Uma é a sua vizinha Michelle (Gwyneth Platrow), que acaba de se mudar; a segunda é a amável Sandra (Vinessa Shaw),filha de uma família de judeus, velhos amigos dos seus pais. A história é livremente inspirada em “Noites Brancas”, de Dostoiévski, e o filme tem uma textura de cult europeu, além da fotografia belíssima, mostrando uma Nova York quase sépia. Mas o que vale mesmo é a reflexão que James Gray nos conduz.

Postagem retirada do blog: lisanunes.blogspot.com

CRÔNICA

Do esquecimento
Rafael Galvão

Durante muito tempo, em vez de deitar-me cedo, eu apenas não soube de verdade o que significava a palavra esquecer. Via nos filmes alguém se despedindo e dizendo “eu nunca vou esquecer você”, e então me pegava pensando que idiota, claro que não vai esquecer, depois de passar por tudo isso é impossível esquecer.

Foi só ao ver uma cena semelhante pela enésima vez que eu finalmente entendi. A TV passava “Dança com Lobos” e Kevin Costner se despedia de Graham Greene: “Eu nunca vou esquecer você”.

Eu já estava mais velho, já conhecia um pouco mais dessa humanidade impossível de conhecer de verdade. Foi só então, aí pelos vinte e poucos, que entendi o que se quer dizer com isso: não é esquecer a pessoa, que isso não se esquece, mas nunca deixar morrer o que se sentia por ela. É o tipo de coisa que só quando você passou por um bocado de gente na vida pode entender de verdade.

E é esse o problema das gentes, o fato de que no fim das contas todos seremos esquecidos. Eu tento conviver com isso; mas sei bem que a ilusão de que seremos lembrados ajuda a dar um sentido à vida. Imagino que para algumas pessoas a consciência real de que não há memória, só há esquecimento faria da vida algo um pouco mais triste, talvez até a fizesse não valer a pena.

A essas pessoas deve ser vedada a entrada em cemitérios. Porque um cemitério é isso, é esquecimento, e se disserem que é outra coisa estarão enganando você. Um cemitério é um lembrete constante de que você será esquecido, irrevogavelmente. E será esquecido apesar dos seus esforços, tão mais ridículos quanto maiores forem, de tentar ser lembrado.

As pessoas erigem monumentos, botam estátuas de anjos e de santos para guardar seus ossos inúteis, colocam na pedra ou no bronze seus nomes, colocam até panegíricos que ultrapassam o limite do ridículo, ostentam os títulos que lhe orgulhavam e lhe engrandeciam aos seus próprios olhos. Fazem o que está ao seu alcance para alcançar uma imortalidade, se não na alma, pelo menos na memória e nos tempos deste mundo.

E no entanto eles serão esquecidos, e se forem lembrados será para serem ridicularizados, olha que idiota, tanta pompa e tanto dinheiro gasto para nada, quem esse merda achava que era, fulano de tal, que diabo ele fez para achar que lembraríamos dele?

No começo do ano vi uma pequena multidão diante de um túmulo novo no Pére Lachaise. Flores, muitas flores, inclusive uma coroa do Olympia. Devia ser um artista.

Artista morre a três por quatro, normalmente velho, esquecido e fora da ribalta, mas aquele pelo visto era alguém, porque o tanto de flores e o tantinho de gente à sua volta eram um atestado, senão de glória, pelo menos de fama.

Um sujeito jovem, drogado e bêbado, trazendo na cara loura e de traços grosseiros marcas de uma ou mais brigas recentes, era um dos mais comovidos. Estava em pé diante do túmulo e pela bagagem que carregava tinha vindo de longe apenas para prestar ao falecido uma última homenagem, talvez para adorar seu novo santo em seu próprio altar.

Perguntei a uma moça velha também parada ali quem era o ilustre defunto, quase pedindo desculpas por não saber quem jazia ali, e a senhora não sabia. Então o sujeito veio falar comigo, e como eu só gosto dos malucos da minha terra larguei um jenecompranpá, um aidonspicfrentch, e para ter certeza de que ele compreendeu mandei também um balançar de cabeça e um dar de ombros e levantar de mãos súplices. E quando ele viu que eu não entendia, ele também deu de ombros, e voltou a sua atenção ao pequeno jardim à nossa frente.

Ele olhava o túmulo como a Rosinha de Caymmi olhava o mar, Rosinha que era bonita e agora parece que endoideceu, na beira da praia, olhando pras ondas, andando, rondando, dizendo baixinho “Morreu… Morreu…”, e eu que não endoideci nem nada olhava para ele, esperando a hora em que iria desmaiar ou morrer de overdose ali, um pequeno sacrifício romântico e estúpido diante do altar do seu ídolo.

Um velho gordo, baixinho, com aquela cara de provinciano do vale do Loire, passou pelo sujeito e viu o aglomerado e disse em voz alta que o morto não era ninguém, não era nada. E o rapaz se irritou, porque a gente não mexe impune com a fé dos outros, e começou a discutir com o velho, ele era um grande compositor, um gênio lírico, um grande cantor, um grande ídolo e modelo da juventude, e o velho gordote e baixinho sem tirar as mãos dos bolsos deu também de ombros e soltou aquele pequeno flato oral que franceses gostam de soltar e se afastou.

Eu me afastei também.

Mais tarde eu descobriria quem era o sujeito. Se chamava Alain Bashung, era conhecido como “l’enfant terrible du rock” apesar de já ter passado os 60 anos, tinha morrido uma semana antes. Em vez de viver rápido, morrer cedo e deixar um cadáver bonito, como sói fazer qualquer roqueiro que se respeite, morreu em idade quase provecta de um câncer prosaico, e morte por câncer na velhice é morte indigna de roqueiro, mas fazer o quê, os tempos mudaram muito desde a época em que Jim Morrison, enterrado ali perto, morria por excesso de vida. Diziam as capas das revistas que Bashung era um grande ídolo — e talvez fosse mesmo, e me disponho a admitir isso porque certamente não conheço todos os grandes ídolos universais que existem por aí.

Daqui a 50 anos o túmulo de Bashung provavelmente estará esquecido como outros tantos no mesmo Pére Lachaise. E o ardor do seu fã embriagado e entorpecido não terá significado nada. Diante do túmulo de Bashung, onde num dia de março do início do século um garoto fora de si quase brigou em defesa de sua memória, um bocado de gente vai passar e vai dar de ombros, se sequer se der a esse trabalho, como hoje diante do túmulo dos generais e políticos e escritores e gente que se supunha imortal e inesquecível — algo de que o tempo discordava.

AÇÃO DE SOLIDARIEDADE

car@s companheir@s,

no último domingo o governo mexicanos fechou a companhia estatal de energia elétrica Luz e Força do Centro e demitiu 44.000 trabalhadores, atingindo diretamente milhares de cidadãos mexicanos e suas famílias, assim como agredindo barbaramente a um dos poucos sindicatos independentes, democráticos e combativos no México.

solicitamos que leiam o link abaixo e enviem suas cartas de soidariedade e protesto como sugerido:
http://www.tie-brasil.org/noticias.php#2049
Ação de Solidariedade Urgente aos Eletricistas Mexicanos (14:52 15/10/2009)

a ação do governo mexicano é tão nefasta quanto o golpe de estado em honduras ou a campanha mantida pelos demo-tucanos e CNA de criminalização da Reforma Agrária.
veja mais em:
http://www.tie-brasil.org/noticias.php#2050
México e Honduras: dois lados de uma mesma moeda reacionária (15:06 15/10/2009)


Hoje, 15.10.2009, haverá uma grande manifestação nacidade do México em defesa da LFC e dos empregos de milhares de trabalhador@s.
http://www.tie-brasil.org/noticias.php#2051
A nova guerra de Felipe Calderon e seus comparsas (15:17 15/10/2009)


Seria importante que vossas mensagens de apoio fossem enviadas ainda hoje a fim de que cheguem a tempo de serem lidas na manifestação.

o e-mail do SME é sinmexel@sme.org.mx

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

INSTITUTO MÁRIO ALVES

O IMA é um espaço de estudos e debates que mantém viva a concepção política, resgatando a importância dos movimentos sociais e proporcionando pesquisas nas áreas sociológicas, econômicas e políticas. Somos uma organização civil sem fins lucrativos e não partidária composta por sócios voluntários que respeitam os princípios do Instituto. Realizamos várias atividades como cursos de formação, palestras, discussões sobre movimentos sociais. Possuímos uma biblioteca com mais de três mil volumes e uma videoteca com mais de mil filmes, além de uma loja que trabalha com a venda de botons, posters, revistas, camisetas e livros como forma de auto-sustento. Conheça o IMA, se associe. Nossa sede é na Rua: Andrade Neves, nº 821 – Centro – Pelotas/RS Telefone: (53) 3025 7241

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ATENÇÃO!!!!

MUDANÇA DE LOCAL - FESTA DA CRIANÇA
DEVIDO A PREVISÃO DO TEMPO ESTAR MARCANDO CHUVA PARA O DIA 12/10, A TRADICIONAL FESTA DO DIA DA CRIANÇA FICA TRANSFERIDA PARA A SEDE DA ASUFPEL, NA RUA XV DE NOVEMBRO, 262.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

TRINCA REACIONÁRIA

Cada lugar tem os seus paladinos da ordem universal. Alguns conseguem ter brilho nacional. Certamente os três nomes mais badalados do reacionarismo brasileiro triunfante são Ali Kamel, Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli. Nem Arnaldo Jabor consegue mais superá-los. Essa trinca conservadora e multimídia imagina ter o monopólio do insulto. Kamel, diretor da Central de Jornalismo da Rede Globo, é o mais poderoso. Azevedo, blogueiro e colunista da revista Veja, parece o mais agressivo. Magnoli, o mais acadêmico, aparece bastante em programas da TV Cultura e escreve para Época e Folha de S. Paulo. É o mais fraco, mais chato e mais raivoso. Todos eles publicam livros de militância ideológica explícita e radical. Kamel vendeu muito com "Nós Não Somos Racistas" e voltou a atacar com "Dicionário Lula, um Presidente Exposto por suas Próprias Palavras". Azevedo viveu sua glória com "O País dos Petralhas". Magnoli tenta emplacar "Uma Gota de Sangue".

O curioso é que eles se pretendem racionais, universalistas e sem ideologia. Só os seus adversários é que seriam ideológicos. A lei que comanda os ataques do trio mais reacionário da mídia brasileira é simples: se há movimento social, eles são contra. Sempre. Azevedo acredita que a corrupção nasceu com o PT. Magnoli jura que não existe "fronteira racial" na consciência dos brasileiros. Em nome de um pretenso universal, cuja existência concreta ainda não conseguiram demonstrar, os três investem contra esquerdismos estatizantes, cotas, multiculturalismo, sem-terra, sem-teto, sem-mídia, sem nada e principalmente contra toda tentativa de mexer nas cartas da sacrossanta ordem mundial do deus mercado.

Na guerra santa que lideram contra o atraso de esquerda, praticam o atraso de direita sem qualquer pudor e com direito a boas doses de ingenuidade, hipocrisia e confusão intelectual. Confundem a crítica ao superado marxismo e ao defunto socialismo real, cujas lembranças ainda embalam alguns desvairados, com a rejeição a qualquer demanda de reforma social. Poucas vezes, nos últimos anos, li obras tão preconceituosas, fundamentalistas e pateticamente arrogantes como as dessa trinca que encanta as mentes mais depravadas da nação. A crença piegas dos três na modernidade liberal é coisa de adolescente retardado ou de um velhote chamado para assumir um posto que sempre cobiçou e pelo qual estava disposto a matar a mãe, a filha, a mulher e a sogra.

Kamel, Azevedo e Magnoli acham que as cotas vão criar racismo no Brasil. Foi aí que eu entendi tudo. São três humoristas. Querem nos divertir. São pagos para nos fazer rir. Ser moderno é não dar ajuda social aos necessitados. A Europa é atrasada. Ser moderno é ter um Estado mínimo para a escumalha e máximo para salvar a turma dos camarotes das crises. Universidade, como dizia um filósofo tucano, deve servir para formar elites. Kamel, Azevedo e Magnoli derrubam aviões. Esqueci de um que anda menos em voga, mas que é farinha do mesmo saco: Olavo de Carvalho. É quadrilha de festa junina. Afinal, as bombinhas que soltam por aí não chegam a impressionar. É puro fogo de artifício. Só que, como se sabe, podem ser perigosos. Mas só em caso de acidente. É tiro no pé.

JUREMIR MACHADO DA SILVA

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O QUE FAZER PARA MELHORAR AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E AS PRÁTICAS NO SINDICATO.

 O sindicato deve ser um meio para atingir objetivos coletivos, e não individuais. Para isso é preciso consciência, harmonia.
 É preciso mais compreensão e interesse mútuo.
 Respeito à base, repasse de informações sem distinção.
 O conselho fiscal precisa funcionar com transparência.
 Mudar nosso comportamento, primeiro a si mesmo.
 Acabar com certos domínios em algumas secretarias.
 Melhorar nosso diálogo (diretores X funcionários, diretores X diretores)
 Organizar seminários de estudos políticos, conjuntura, formação sindical, usar mais a biblioteca, melhor uso de nosso clube.
 Pensar coletivamente, saber ouvir, respeitar os outros.
 Utilizar textos, poemas, filmes e estudos nas reuniões de diretoria
 Realizar atividades de formação nas assembléias, com momentos para reflexão.
 Convidar a categoria para atividades como exposições, filmes, grupos de estudos.
 Realizar um dia por mês atividades para estudos e reflexões sobre práticas sindicais.
 Grupo de estudos bimestrais, para diretoria, priorizando análise de conjuntura, relação com a base.
 Realizar urgente o planejamento estratégico de gestão.
 Buscar superar o corporativismo, dialogar com outros movimentos sociais, fazer atividades de relações com outras categorias, pra transformar nossa base e a sociedade como um todo.
 Praticar a solidariedade entre os diretores, praticar mais o companheirismo, com respeito às nossas concepções e definições.
 Exercitar a crítica e autocrítica, evitar atitudes e gestos que possam desrespeitar os/as companheiros/as.
 Evitar transformar as discussões em fofocas
 Ter uma atitude construtiva diante da diretoria e da categoria.
 Ter compromisso coma base, estudar mais, informar melhor, levar debate político para a base.
 Lutar por um sindicato livre, independente e autônomo.
 Lutar para sair do corporativismo, e buscar a transformação da sociedade, e para isso se unir com outros trabalhadores
 Sindicato deve se abrir para outros movimentos, ter uma postura mais classista, combativa e pela mudança social.
 Elaborar uma agenda de visitas aos locais de trabalho e na associação dos aposentados para ouvir melhor as necessidades e reivindicações da base
 Buscar metodologias para aprimoramento interpessoal entre diretores, base e funcionários, através de cursos de formação humana e política
 Elaborar um plano anual de trabalho
 Fazer reuniões mensais para avaliar cumprimento do plano elaborado por cada secretaria
 Realizar reuniões específicas para discutir conjuntura política e incentivar a prática de leitura, exposições de vídeos sobre relações interpessoas, conjuntura, entre outros

Retirado do blog: heldermolina.blogspot.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MUDANÇA DE LOCAL - FESTA DA CRIANÇA

DEVIDO A PREVISÃO DO TEMPO ESTAR MARCANDO CHUVA PARA O DIA 12/10, A TRADICIONAL FESTA DO DIA DA CRIANÇA FICA TRANSFERIDA PARA A SEDE DA ASUFPEL, NA RUA XV DE NOVEMBRO, 262.

MERCEDES SOSA

Este mailing nos foi enviado pelo colega Jerônimo Ruas. Agradecemos a colaboração e divulgamos, com tristeza, a partida desta grande cantora e militante.



A cantora argentina Mercedes Sosa morreu neste domingo, no hospital Trinidad, em Buenos Aires, onde estava internada desde meados de setembro. Os motivos divulgados de sua morte foram complicações renais e hepáticas, além de problemas respiratórios. A intérprete de 74 anos sofria do Mal de Chagas desde o final dos anos 1970.

As vozes mais à esquerda poderiam resumir o parágrafo acima a quase um slogan: "a voz dos sem voz se calou". O coro postado mais à direita provavelmente se sentiria aliviado: durante a ditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983, Mercedes era o grilo falante e cantante que insistia em evocar a consciência de que a intolerância e a perseguição política não se afina com a dignidade humana.

Deixando de lado as paixões políticas, seria justo dizer que morreu uma das principais cantoras latino-americanas, a voz maior de clássicos como Volver a los 17, uma artista que ignorou fronteiras artísticas e geográficas, celebrando um ideal latino ao dividir canções, álbuns e palcos com Milton Nascimento, Charly García, Fagner, Antonio Tarragó Ros, Beth Carvalho, Joan Manuel Serrat, Shakira e Fito Páez.

Para aquela que imortalizou Gracias a la Vida (da chilena Violeta Parra), a boa música exigia independência artística. Por exemplo, no show que La Negra (apelido recebido pela cor de sua vasta cabeleira) fez há dois anos nem Porto Alegre, o repertório incluía Coração de Estudante (Nascimento e Wagner Tiso), mas também Gente Humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque) e Un Vestido y un Amor (Páez) e El Cosechero, que ela interpretou ao lado de seu amigo Luiz Carlos Borges, acordeonista gaúcho.

Na entrevista que concedeu a Zero Hora em 2007, Mercedes mostrou que sua o fato de colocar sua voz forte incondicionalmente a serviço de quem é fraco não a fazia perder sua lucidez. Comentando avanços sociais e políticos na América Latina, ela cravou:

— Não é a esquerda que está no poder, são alguns políticos de esquerda que estão no poder. Depois do desmembramento da União Soviética, o capitalismo está sozinho.

Essa lucidez sempre custou caro a Mercedes. Ela teve de exilar-se em Madri entre 1979 e 1982, depois de receber ameaças de morte de grupos extremistas de direita. Sua partida, inclusive, foi precipitada por um show que fez em La Plata, quando ela e todo o público que a tinha ido assistir foram detidos.

Porto Alegre também foi testemunha de um episódio de provocação terrorista contra ela. Em 1980, durante um show no Gigantinho, alguém detonou uma bomba de efeito moral para provocar correria e choro entre a plateia e inviabilizar o concerto da argentina. Até que Mercedes assumiu o comando com sua voz, e acalmou o público, que se juntou a ela em um coro emocionado. Anos mais tarde, Mercedes recebeu uma homenagem mais formal de parte dos gaúchos: em 1996, ela foi agraciada com a Medalha Simões Lopes Neto, outorgada pelo governo do Rio Grande do Sul.

Um dos últimos reconhecimentos que Mercedes recebeu foram três indicações para o Grammy Latino 2009 pelo álbum Cantora 1, que reúne duetos dela com vários artistas. O anúncio do vencedor será realizado no dia 5 de novembro em Las Vegas, mas o resultado da vida de Mercedes já é conhecido desde há muito tempo: La Negra iluminou com sua voz alguns dos tempos mais escuros que a América Latina já experimentou.

Fonte: Zero Hora por Renato Mendonça

PRÉ-CONFERÊNCIA PREPARATÓRIA PARA A 9ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

A ASUFPel-Sindicato convida os seus associados para participar da Pré-conferencia preparatória para a 9ª Conferência Municipal de Saúde.

Dia 07/10/2009, quarta-feira, às 14h na Sede da ASUFPel-Sindicato

Atenção Integral
A saúde como direito de todos e dever do Estado

Eixos Temáticos
I - Atenção Integral - Os caminhos do usuário dentro do SUS
II - Equidade - Risco social X Saúde
III - Recursos Humandos - Gestão do trabalho e processo de produção de saúde

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIAE DO MST

Bastou realizarmos mais uma jornada de lutas - cobrando o cumprimento de uma pauta de reivindicações apresentada ao governo Lula ainda em 2005 – e exigirmos a atualização dos índices de produtividade agrícola, como estabelece a Constituição Federal para que viesse a reação.

Os setores mais conservadores do Congresso e da sociedade, liderados pela senadora Kátia Abreu (DEM/TO) e os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), começaram a orquestrar uma nova ofensiva contra o MST.

Na semana passada, os parlamentares ruralistas protocolaram mais uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o MST - a terceira em menos de 5 anos. É exatamente uma represália à nossa ousadia de solicitar a atualização dos índices de produtividade agrícola, que poderá beneficiar os proprietários rurais que realmente produzem em nosso país.

Os que não produzem, certamente, aprovados os novos índices, terão dificuldades de acessar os recursos dos cofres públicos. Assim, os “modernos” defensores do agronegócio não apenas defendem uma agricultura atrasada, em defesa própria, como também expressam, mais uma vez, seu caráter anti-social e parasitário dos recursos públicos.

Os ruralistas, agora parlamentares, alegam que há uma malversação dos recursos públicos destinados à Reforma Agrária para justificar essa CPI. É um direito deles fazer esse questionamento e elogiamos a disposição de prezar pelos recursos públicos.

Mesmo sabendo que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que a senadora Kátia Abreu preside, financiou a campanha eleitoral da senadora e até hoje não foi investigada. Mas se há problemas com esses recursos públicos, para que serve o Tribunal de Contas da União (TCU), subordinado ao Congresso Nacional, ou a Receita Federal?

Há a necessidade de criar uma nova CPI ou os objetivos são apenas imobilizar um movimento social e ocupar espaços na mídia para inibir a bandeira da Reforma Agrária? Parlamentares identificados ou coniventes com esses objetivos é que não faltam.

Mas se não nos faltam inimigos da Reforma Agrária, fortalecidos política e economicamente há cinco séculos pela existência do latifúndio, também não nos faltam solidariedade e apoio de incansáveis e valorosas lutadoras e lutadores da Reforma Agrária.

E por iniciativa de companheiros que nunca nos faltam, principalmente nas horas mais difíceis, surgiu um Manifesto em Defesa da Democracia e do MST. O nosso muito obrigado pela iniciativa desses companheiros.

Agradecemos a iniciativa dos companheiros Plínio de Arruda Sampaio, Osvaldo Russo, Hamilton Pereira, Alípio Freire e Heloisa Fernandes, por escrever o manifesto e fazer o levantamento de assinaturas.

Temos orgulho de receber o apoio e palavras de carinho de Antônio Cândido, Leandro Konder, Fábio Konder Comparato, Fernando Morais, Jacques Alfonsin e Nilo Batista. Do exterior, recebemos o sopro da solidariedade de Eduardo Galeano (Uruguai), István Mészáros (Hungria), Miguel Urbano (Portugal) e Vandana Shiva (Índia).

Da Igreja, recebemos a oração de Dom Ladislau Biernaski (Presidente da CPT), Dom Pedro Casaldáliga (bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia), Reverendo Carlos Alberto Tomé da Silva (Anglicano, Capelão Militar), Dom Tomás Balduino, Frei Betto e Leonardo Boff.

As entidades da classe trabalhadora do nosso país também estão do nosso lado contra essa ofensiva. Os partidos de esquerda manifestaram solidariedade contra a manobra dos parlamentares da extrema-direita

Além desses companheiros e companheiras, agradecemos as mais de 400 pessoas que já assinaram o nosso manifesto. Mais do que o conteúdo expresso no manifesto, a companhia de vocês, e de todas e todos que o subscrever, atesta que estamos na luta e no caminho certo.

Poderá tardar, por conta da mentalidade retrógrada e latifundiária da elite brasileira, mas conquistaremos um Brasil socialmente justo, democrático e com igualdade.

Abaixo segue o texto do Manifesto. Assine-o e promova sua divulgação.
Para assinar, entre em: http://www.petitiononline.com/manifmst/petition.html

Secretaria Nacional do MST
.
Manifesto em defesa da Democracia e do MST

“...Legitimam-se não pela propriedade, mas pelo trabalho,
nesse mundo em que o trabalho está em extinção.
Legitimam-se porque fazem História,
num mundo que já proclamou o fim da História.
Esses homens e mulheres são um contra-senso
porque restituem à vida um sentido que se perdeu...”
(“Notícias dos sobreviventes”, Eldorado dos Carajás, 1996).

A reconstrução da democracia no Brasil tem exigido, há trinta anos, enormes sacrifícios dos trabalhadores. Desde a reconstrução de suas organizações, destruídas por duas décadas de repressão da ditadura militar, até a invenção de novas formas de movimentos e de lutas capazes de responder ao desafio de enfrentar uma das sociedades mais desiguais do mundo. Isto tem implicado, também, apresentar aos herdeiros da cultura escravocrata de cinco séculos, os trabalhadores da cidade e do campo como cidadãos e como participantes legítimos não apenas da produção da riqueza do País (como ocorreu desde sempre), mas igualmente como beneficiários da partilha da riqueza produzida.

O ódio das oligarquias rurais e urbanas não perde de vista um único dia, um desses novos instrumentos de organização e luta criados pelos trabalhadores brasileiros a partir de 1984: o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST. E esse Movimento paga diariamente com suor e sangue – como ocorreu há pouco no Rio Grande do Sul, por sua ousadia de questionar um dos pilares da desigualdade social no Brasil: o monopólio da terra. O gesto de levantar sua bandeira numa ocupação traduz-se numa frase simples de entender e, por isso, intolerável aos ouvidos dos senhores da terra e do agronegócio. Um País, onde 1% da população tem a propriedade de 46% do território, defendida por cercas, agentes do Estado e matadores de aluguel, não podemos considerar uma República. Menos ainda, uma democracia.

A Constituição de 1988 determina que os latifúndios improdutivos e terras usadas para a plantação de matérias primas para a produção de drogas, devem ser destinados à Reforma Agrária. Mas, desde a assinatura da nova Carta, os sucessivos Governos têm negligenciado o seu cumprimento. À ousadia dos trabalhadores rurais de garantir esses direitos conquistados na Constituição, pressionando as autoridades através de ocupações pacíficas, soma-se outra ousadia, igualmente intolerável para os senhores do grande capital do campo e das cidades: a disputa legítima e legal do Orçamento Público.

Em quarenta anos, desde a criação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), cerca de um milhão de famílias rurais foram assentadas - mais da metade de 2003 pra cá. Para viabilizar a atividade econômica dessas famílias, para integrá-las ao processo produtivo de alimentos e divisas no novo ciclo de desenvolvimento, é necessário travar a disputa diária pelos investimentos públicos. Daí resulta o ódio dos ruralistas e outros setores do grande capital, habituados desde sempre ao acesso exclusivo aos créditos, subsídios e ao perdão periódico de suas dívidas.

O compromisso do Governo de rever os critérios de produtividade para a agricultura brasileira, responde a uma bandeira de quatro décadas de lutas dos movimentos dos trabalhadores do campo. Ao exigir a atualização desses índices, os trabalhadores do campo estão apenas exigindo o cumprimento da Constituição Federal, e que os avanços científicos e tecnológicos ocorridos nas últimas quatro décadas, sejam incorporados aos métodos de medir a produtividade agrícola do nosso País.

É contra essa bandeira que a bancada ruralista do Congresso Nacional reage, e ataca o MST. Como represália, buscam, mais uma vez, articular a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o MST. Seria a terceira em cinco anos. Se a agricultura brasileira é tão moderna e produtiva – como alardeia o agronegócio, por que temem tanto a atualização desses índices?

E, por que não é criada uma única CPI para analisar os recursos públicos destinados às organizações da classe patronal rural? Uma CPI que desse conta, por exemplo, de responder a algumas perguntas, tão simples como: O que ocorreu ao longo desses quarenta anos no campo brasileiro em termos de ganho de produtividade? Quanto a sociedade brasileira investiu para que uma verdadeira revolução – do ponto de vista de incorporação de novas tecnologias – tornasse a agricultura brasileira capaz de alimentar nosso povo e se afirmar como uma das maiores exportadoras de alimentos? Quantos perdões da dívida agrícola foram oferecidos pelos cofres públicos aos grandes proprietários de terra, nesse período?

O ataque ao MST extrapola a luta pela Reforma Agrária. É um ataque contra os avanços democráticos conquistados na Constituição de 1988 – como o que estabelece a função social da propriedade agrícola – e contra os direitos imprescindíveis para a reconstrução democrática do nosso País. É, portanto, contra essa reconstrução democrática que se levantam as lideranças do agronegócio e seus aliados no campo e nas cidades. E isso é grave. E isso é uma ameaça não apenas contra os movimentos dos trabalhadores rurais e urbanos, como para toda a sociedade. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que custou os esforços e mesmo a vida de muitos brasileiros, que está sendo posta em xeque. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que está sendo violentada.

É por essa razão que se arma, hoje, uma nova ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade contra o Movimento dos Sem Terra – seja no Congresso Nacional, seja nos monopólios de comunicação, seja nos lobbies de pressão em todas as esferas de Poder. Trata-se, assim, ainda uma vez, de criminalizar um movimento que se mantém como uma bandeira acesa, inquietando a consciência democrática do país: a nossa democracia só será digna desse nome, quando incorporar todos os brasileiros e lhes conferir, como cidadãos e cidadãs, o direito a participar da partilha da riqueza que produzem ao longo de suas vidas, com suas mãos, o seu talento, o seu amor pela pátria de todos nós.

Contra a criminalização do MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA!
Pelo cumprimento das normas constitucionais que definem as terras destinadas à Reforma Agrária!
Pela adoção imediata dos novos critérios de produtividade para fins de Reforma Agrária!

São Paulo, 21 de setembro de 2009

Plínio de Arruda Sampaio, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, ex-Deputado Federal Constituinte pelo PT-SP (1985-1991) e ex-consultor da FAO
Osvaldo Russo, estatístico, ex-presidente do INCRA (1993-1994), diretor da ABRA e coordenador do núcleo agrário nacional do PT
Hamilton Pereira, o Pedro Tierra, 61, é poeta e membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo
Antônio Cândido, crítico literário, USP
Leandro Konder, filósofo, PUC-RJ
István Mészáros, Hungria, filósofo
Eduardo Galeano, Uruguai, escritor
Alípio Freire, escritor
Fábio Konder Comparato, jurista, USP e Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra
Fernando Morais, jornalista e escritor
Dr. Jacques Alfonsin, jurista, Porto Alegre
Altamiro Borges, PCdoB
Nilo Batista, jurista
Alberto Broch, Presidente da CONTAG
Artur Henrique, Presidente da CUT
Augusto Chagas, Presidente da UNE
Bartira Lima da Costa, Presidente da CONAM
Ivan Pinheiro, secretario geral do PCB
Ivan Valente, Deputador Federal PSOL/SP
José Antonio Moroni, diretor da ABONG e do INESC
José Maria de Almeida, CONLUTAS, presidente do PSTU
Nalu Faria, coordenadora geral da Sempreviva Organização Feminista – SOF e integrante da executiva nacional da Marcha Mundial das Mulheres.
Paulo Pereira da Silva, Deputado Federal PDT-SP e presidente da Força Sindical
Renato Rabelo, presidente do PcdoB
Renato Simões, Secretário de Movimentos Populares do PT
Roberto Amaral, ex-Ministro da Ciência e Tecnologia, Secretário Geral do PSB
Sérgio Miranda, PDT-MG
Valter Pomar, Secretário de Relações Internacionais do PT
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Dom Ladislau Biernaski, Presidente da CPT
Dom Pedro Casaldáliga, Bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia – MT
Dom Tomás Balduino, conselheiro permanente da CPT
Frei Betto, escritor
Leonardo Boff, escritor
Reverendo Carlos Alberto Tomé da Silva, TSSF, Anglicano, Capelão Militar
Miguel Urbano, Portugal, jornalista
Anita Leocádia Prestes, historiadora, UFRJ
Beth Carvalho, sambista
Adriana Pacheco, Venezuela, ViveTV
Adelaide Gonçalves, historiadora, UFCE
Ana Esther Ceceña, UNAN
Antonio Moraes, Federação Única dos Petroleiros - FUP
Associação Brasileira de ONG's – ABONG
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)
Chico Diaz, ator
Cândido Grzybowski - IBASE
Comitè italiano de apoio ao Movimento Sem Terra (Amigos MST-Italia)
Antônio Carlos Spis, CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais)
Dora Martins, juíza de direito, e presidenta da Associação de Juízes pela Democracia
Emir Sader, sociólogo, LPP/UERJ
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB)
Hamilton de Souza, jornalista, PUC-SP
Heloísa Fernandes, socióloga, USP e ENFF
Jose Arbex, jornalista, PUC-SP
Maria Rita Kehl, psicanalista, São Paulo
Osmar Prado, ator
Paulo Arantes, filósofo, USP e ENFF
Vandana Shiva, Índia, cientista
Virginia Fontes, historiadora, UFF/Fiocruz
Vito Gianotti, jornalista e historiador, Núcleo Piratininga de Comunicação - Rio de janeiro

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

UM BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS E A TODAS

Hoje optamos por publicar apenas frases curtas para pensar e se divertir. Também, excepcionamente, a Profa. Lanza Xavier não pôde enviar a resenha do filme desta semana. Entretanto, deixamos uma sugestão para vocês retirada de um blog. Abraços, nos encontramos novamente na próxima segunda.

DICA DE FILME: A CULPA É DO FIDEL

Na Paris de 1970, Anna de la Mesa (interpretado pela brilhante Nina Kervel-Bey), tem 9anos e é uma perfeita lady. Adora ensinar aos primos mais novos a maneira correta de saborear uma laranja com garfo e faca, ensaia a maneira correta de segurar uma taça de champagne. Seu pequeno universo é formado pelo colégio católico — habitado por várias outras pequenas damas como ela —, pela escola de natação e pela linda casa ajardinada onde mora com os pais, o irmão mais novo e a babá, uma exilada cubana. Mas toda essa harmonia é quebrada com a chegada da tia e da prima de Anna, que fugiram da Espanha após o assassinato do tio, um militante contra a ditadura de Franco. O pai, vivido por Stefano Accorsi, é um advogado espanhol que vive na França desde jovem. A morte do cunhado e a efervescência política da época (entre 1970 e 1971) levam o pai de Anna a rever seus princípios.
Ele deixa o emprego, troca a casa por um pequeno apartamento e passa a atuar como intermediário do movimento para eleger Allende presidente do Chile. A mãe, interpretada por Julie Depardieu (filha de Gerard Depardieu), deixa seu posto como jornalista da revista "burguesa Marie-Claire" para escrever um livro-reportagem em prol do direito feminino à contracepção. A babá cubana, anticomunista até o último fio de cabelo, é substituída por uma série de militantes estrangeiras, que buscam abrigo na França. Elas não têm grande jeito para o cardápio das crianças e inovam com pratos gregos e sul-americanos.
O novo apartamento vive cheio de pessoas estranhas: "os barbudos" chilenos amigos de seu pai e um monte de mulheres chorosas, que dão depoimentos para o livro que a mãe irá escrever. Além disso, a garota passa a dividir um beliche com o irmão François e é proibida de assistir às aulas de religião — condição colocada pelos pais para que ela possa permanecer no colégio católico, de onde se recusou a sair. Dividida entre a realidade conservadora da escola e a complexidade das mudanças que, acima de tudo, afastam os pais de seu dia-a-dia, Anna se rebela.
Os pais se desdobram para lhe mostrar a importância do momento histórico, ao mesmo tempo em que tentam se convencer de estarem no caminho certo. A pequena Anna desafia o tempo todo com as convicções dos militantes e com a convivência, amplia sua visão de mundo.
A Culpa é do Fidel foi adaptado do romance Tutta Colpa di Fidel, da jornalista italiana Domitilla Calamai que, assim como a diretora do filme, cresceu num lar comunista. O filme é bem-humorado, com tiradas inteligentes e engraçadíssimas, e é esplendidamente fotografado, tem ótimos diálogos, cenas densas, impactantes e divertidas, e um elenco de primeira, a começar por Nina Kervel-Bey , escolhida entre 1000 crianças. Longe de ser um panfleto a favor ou contra o comunismo, o filme nada mais é do que uma brilhante história sobre Anna aprendendo a crescer e descobrindo que o mundo não é só preto ou branco.
Mas o grande feito de Julie Gavras é retratar uma trajetória pessoal emocionante sem jamais ser piegas. A prova disso é a cena final, brilhante — que embora dura e aborrecida, a "infância comunista" tem o grande mérito de infundir em algumas de suas "vítimas" um senso de contestação para lá de bem-vindo. Julie Gavras realizou um trabalho emocionante, que toca de forma profunda seu objeto de estudo e destinação: o humano.

Sugestão retirada do blog:lisanunes.blogspot.com

CURTAS

"Fiz uma dieta rigorosa, cortei o álcool, gorduras e açucar. Em duas semanas, perdi 14 dias." Tim Maia

"Se você decide parar de fumar, de beber e de fazer amor, na verdade você não vive mais tempo; é a vida que lhe parece mais longa." Sigmund Freud

"As nuvens são como chefes... Quando desaparecem, o dia fica lindo." Anônimo

"O Brasil é o único país onde prostituta tem orgasmo, cafetão tem ciúme e traficante é viciado." Tim Maia

"Não fumo, não bebo, não cheiro,mas às vezes, minto um pouquinho".Tim Maia

"Bebo porque é líquido. Se fosse sólido, comê-lo-ia." Jânio Quadros

"Só não crio juízo porque não sei o que ele come." Anônimo

"Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima." Anônimo

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CAI MAIS UM MITO NEOLIBERAL - Por Márcio Pochmann

A crise mundial impõe forte derrota à ideologia neoliberal, que reinou solitária durante a dominação do pensamento único. Da mesma forma, os mitos construídos pela ideologia neoliberal vão caindo sistematicamente quando submetidos à luz da realidade.
Por algum tempo perdurou não somente no Brasil, pois esteve repetida globalmente, a máxima de que o Estado era o lócus da improdutividade e ineficiência, enquanto somente ao setor privado cabia a maximização da eficiência. Sem apresentar estudos com informações consistentes, a ideologia levou ao máximo o programa de privatização e desmonte do Estado.
O recente comunicado da presidência do IPEA (n. 27) comprova que não há base real para qualquer afirmativa definitiva a respeito da improdutividade do Estado brasileiro. Pelo contrário pois, segundo o próprio comunicado, a medida de produtividade na administração pública em 2006 foi 14,7% superior à verificada em 1995.
No setor privado, os ganhos de produtividade foram 13,5% maiores no ano de 2006 quando comparados com 1995. Ou seja, a produtividade na administração pública cresceu um ponto percentual a mais que a do setor privado no período considerado.
Em síntese, verifica-se que a produtividade na administração pública apresentou-se mais do que compatível com o aumento das contratações dos ocupados pelo Estado. Após a queda da produtividade na administração pública em relação à do setor privado entre 2003 e 2004, ela se recuperou a partir de 2005.
Não bastasse o ritmo da expansão da produtividade na administração pública ter sido superior ao do setor privado entre 1995 e 2006, constatou-se também que a produtividade média do funcionário público encontra-se acima da média do trabalhador ocupado no setor privado.
No período de tempo considerado, a produtividade na administração pública manteve-se superior à do setor privado, em média, acima de 35%. Em 2006, por exemplo, a produtividade foi, em média, 46,5% maior que a do setor privado, enquanto em 1995 era 45,1% superior.
Nessa medida utilizada, de produtividade na administração pública, tomou-se como critério a relação entre o valor agregado (contas nacionais do IBGE) e o emprego público (PNAD do IBGE). Ainda que se saiba da complexidade de medir eficiência e desempenho no setor de serviços, onde se encontra inserida a administração pública, considera-se a produtividade como uma medida confiável e consistente dentro da perspectiva do conceito de valor agregado definido pelo IBGE, que aplica a metodologia das Nações Unidas.
Nesse comunicado da presidência do IPEA pode-se observar também que além de a produtividade da administração pública ser superior e ter crescido acima da do setor privado, houve diferenciações importantes em termos de estados da federação e regiões geográficas. Inicialmente pelo fato de a produtividade na administração pública ter crescido somente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste entre 1995 e 2004. As demais regiões (Sul, Sudeste e Norte) registraram queda na evolução da produtividade na administração pública para o mesmo período de tempo.
Nesse mesmo sentido, nota-se a desigual evolução de desempenho no setor público por estados da federação. Roraima e Distrito Federal registraram os maiores ganhos de produtividade na administração pública. Na outra ponta da evolução da produtividade encontram-se os estados do Pará e Santa Catarina, com resultados negativos entre 1995 e 2004. Dentro desse leque de comportamentos tão distintos, observa-se que os estados da federação que levantaram a bandeira de choque de gestão administrativa, entendida como a introdução e difusão da lógica privada no setor público, registraram baixo dinamismo na produtividade.
A administração pública tem dinâmica específica, não combinando, necessariamente, com a lógica privada. Assim, percebe-se que a produtividade pública pode elevar-se com gestão própria e compatível com os princípios de funcionamento do Estado. Esse parece ser o caso da experiência recente da política governamental de recuperação do papel do Estado no Brasil. Isso vem ocorrendo por meio da difusão das novas tecnologias de informação que permitem certificações e licitações digitais, entre outras medidas. Tudo isso reduz o tempo dos serviços por unidade de tempo, aumentando o desempenho da administração pública.
Também a política de ampliação dos espaços de maior participação social, especialmente nos fundos e políticas públicas (saúde, educação, trabalho, assistência e previdência social, tecnologia, entre outros), como pelos conselhos e conferência nacionais, apoiam a avaliação e direcionamento do serviço público no país. Por fim, a capacitação e gestão de pessoal, bem com o aumento do emprego por conta dos concursos públicos, vêm contribuindo cada vez mais para a profissionalização da administração. Ou seja, os ganhos de produtividade na administração pública são produto do abandono da ideologia neoliberal.

Essa matéria é parte integrante da edição impressa da Fórum de agosto. Nas bancas.