quarta-feira, 31 de março de 2010

A estrela do Sisu

artigo de Sidney Jard da Silva e Artur Zimerman


"A UFABC tem muito a avançar para se colocar entre as principais instituições do país. No entanto, o reconhecimento de que há uma longa trajetória a seguir não pode ofuscar o destaque alcançado em pouco mais de três anos de atividade"

Sidney Jard da Silva é professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC. Artur Zimerman é coordenador do Bacharelado em Políticas Públicas e professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC. Artigo enviado pelos autores ao "JC e-mail":

Nas últimas semanas, em um balanço apressado dos resultados alcançados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o processo de reforma do sistema universitário brasileiro voltou à pauta dos principais meios de comunicação do país. As vicissitudes da implantação da Universidade Federal do ABC (UFABC), considerada um dos projetos mais inovadores do Governo Lula para a expansão do ensino superior, ocuparam papel de destaque neste debate.

Contudo, a discussão sobre as condições de implantação da universidade tem passado ao largo da avaliação que o corpo discente faz da instituição. O presente artigo, baseado em pesquisa realizada em setembro de 2009, com 2.599 alunos (99% dos matriculados), tem como objetivo apresentar o perfil sócio-econômico e a opinião dos estudantes da UFABC sobre a qualidade de ensino, a capacitação docente e as condições de aprendizagem na universidade.

Criada em julho de 2005, a UFABC recebeu seus primeiros estudantes em setembro de 2006, sob forte crítica de setores da mídia que questionavam a decisão de iniciar suas atividades em instalações provisórias. A maioria absoluta do corpo discente da universidade é formada por jovens entre 17 e 24 anos (87%), solteiros (94%), do sexo masculino (70%), sem filhos (97%). Os que se auto-declaram brancos representam 73% dos alunos, pardos 15%, de ascendência oriental 9%, negros 2% e indígenas 1%.

A grande maioria dos estudantes reside com seus familiares (72%) e depende do auxílio financeiro dos pais (60%); 75% apresentam renda familiar per capita de até três salários mínimos, 25% têm atividade remunerada não-acadêmica e 23% recebem bolsa-auxílio da instituição. Paulistas e paulistanos perfazem a grande maioria do corpo discente; destes, 60% residem no Grande ABC e 34% na cidade de São Paulo.

O bacharelado em Ciência e Tecnologia (BC&T), até então único curso de ingresso na universidade, é bem avaliado pela maioria dos alunos: 14% afirmam ser excelente, 55% bom e 23% regular. Após a conclusão do bacharelado interdisciplinar, 97% pretendem prosseguir seus estudos em uma das especialidades oferecidas pela UFABC. Os cursos mais procurados são: engenharia de instrumentação, automação e robótica (14%); engenharia de gestão (13%); engenharia ambiental e urbana (10%) e engenharia de materiais (9%).

Os professores são avaliados como bons por 61% dos estudantes e como excelentes por 24%. A capacitação administrativa da equipe dirigente é bem avaliada por 63% dos discentes e a capacitação dos servidores técnico-administrativos é aprovada por 73% dos alunos. A localização do campus (Santo André) e as condições para realização de pesquisa também são bem avaliadas pelo corpo discente, 69% e 61% respectivamente.

No que se refere aos pontos mais críticos para a plena instalação da UFABC, ao contrário do que tem sido divulgado por setores da imprensa, as condições de aprendizagem são consideradas regulares ou boas pela grande maioria dos discentes. A infra-estrutura é avaliada como regular por 36% dos alunos e como boa por 30%. O acervo da biblioteca é considerado regular por 34% dos estudantes e bom por 31%.

Em se tratando de uma universidade recém-criada, a UFABC tem muito a avançar em termos de infra-estrutura para se colocar entre as principais instituições do país. No entanto, o reconhecimento de que há uma longa trajetória a seguir não pode ofuscar o destaque alcançado pela instituição em pouco mais de três anos de atividade. Êxito confirmado pela significativa procura no Sisu e pela avaliação positiva dos atuais alunos no que se refere às condições de ensino oferecidas pela instituição.

No que tange ao futuro, 86% dos estudantes esperam que a UFABC os prepare para o mercado de trabalho, 67% que lhes forneça conhecimentos necessários para uma melhor compreensão do mundo e 46% desejam preparação para pesquisa científica.

Como podemos observar, são grandes as expectativas dos alunos em relação à nova universidade. Oxalá os meios de comunicação também estejam preparados para elevar o debate da expansão e da reforma do ensino superior brasileiro para além do cronograma das obras e dos calendários eleitorais.

terça-feira, 30 de março de 2010

O Brasil não é mais aquele

Lula visitou o Oriente Médio e, como era de se esperar, a imprensa brasileira estrebuchou de raiva, vomitou preconceitos e demonstrou a postura servil de sempre. E depois falam que somos sectários, que somos antiamericanos, que somos isto e aquilo. Mas o ódio que a elite brasileira nutre pelo próprio país é tão evidente que voltar a este assunto chega a ser constrangedor.
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Ao contrário do que os jornais publicaram durante a semana passada, Lula não foi ao Oriente Médio com a pretensão de solucionar o conflito secular entre árabes e judeus. Como poderia o governo brasileiro assumir responsabilidades pela paz numa região tão conturbada do mapa?
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Lula viajou a convite do presidente de Israel, Shimon Peres.
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Lula não cometeu, como o líder sionista, a indelicadeza de ir ao país dos outros para fazer política sem ser convidado. Pouco antes da visita do presidente do Irã ao Brasil, Shimon Peres desembarcou em São Paulo, onde reuniu-se primeiramente com a cúpula do PSDB, com Serra, com Alckmin et caterva. Só depois de dar as ordens aos seus subalternos é que foi a Brasília tomar um cafezinho com o presidente Lula. Atitude no mínimo deselegante, para não dizer suspeita.
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Mas, para a mídia, o grosseiro foi Lula, por não querer colocar flores no túmulo do fundador do sionismo -- doutrina judaico-nacionalista que já deu inúmeras provas ao mundo de sua veia autoritária, racista e violenta. Ou vocês já se esqueceram do massacre de civis promovido pelas tropas sionistas na Faixa de Gaza, em 2008?
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Lula não foi o único presidente que se recusou a visitar o túmulo de Theodor Herzl. Todos os líderes mundiais que não reconhecem a barbárie perpetrada pelo sionismo nos campos de concentração palestinos fizeram o mesmo. Nem por isso foram considerados deselegantes. Com sua decisão firme e soberana, Lula mostrou a Shimon Peres que ali estava o Brasil, um país de 200 milhões de habitantes e oito milhões de quilômetros quadrados. Um país que deixou de ser mero peão no tabuleiro da política internacional.
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Os Estados Unidos e a Europa já reconhecem a força do Brasil e seu gigantesco potencial. Os maiores especialistas políticos não têm dúvida de que, dentro de quatro anos, estaremos entre as cinco maiores economias do mundo. Se forem mantidos os rumos do governo atual, em cerca de vinte anos poderemos estar entre as quatro grandes potências da Terra.
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A postura autônoma do Brasil, nossa recente autodeterminação perante o Primeiro Mundo, tem irritado a imprensa brasileira. Os ditos analistas políticos, como Miriam Leitão, Alexandre Garcia, Arnaldo Jabor e patota, ganharam espaço para gritar que devíamos ser gratos por sermos quintal americano, que ainda somos o primo pobre, que não podemos ter o direito de opinar sobre temas importantes, que temos de nos colocar em nosso lugar, analfabetos que somos, coitadinho que somos... Como não falam por si próprios, mas por quem paga os seus exorbitantes salários, apenas demonstram o quão submissa continua sendo a nossa elite. Para essa gente, não interessa que o Brasil seja um país respeitado.
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A presença de Lula no Oriente Médio não teve o propósito de convencer judeus e árabes a selarem a paz. Isto seria ridículo. Lula apenas aproveitou o convite para marcar a posição brasileira em relação ao drama do povo palestino – do qual foram tirados os direitos legítimos (reconhecidos pela ONU) de ter um Estado livre e soberano. Habilmente, Lula mostrou às Nações Unidas que é possível deslocar o eixo das negociações. E, aos “donos do poder”, mostrou que romper relações com o Brasil será, num futuro próximo, muito mais prejudicial à eles do que à nós.
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Lendo o festival de besteiras que ainda espoca nos jornais acerca da viagem de Lula, não pude deixar de lembrar da deprimente cena de Celso Lafer, ministro das Relações Exteriores do governo FHC, tendo de tirar os sapatos e passar por uma constrangedora revista no aeroporto de Nova Iorque, mesmo depois de se identificar aos agentes de imigração dos EUA.
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Esta é a diferença entre o passado e o presente, entre eles e nós: passamos a ser respeitados porque nos demos o respeito. Para desespero dos subalternos, o Brasil não é mais aquele.

retirado do blog: www.botequimdobruno.blogspot.com

segunda-feira, 29 de março de 2010

Enem, petróleo e oportunismo gaúcho

Juremir Machado da Silva

Os gaúchos querem ser malandros.
Desejam ficar com a grana do petróleo dos Estados produtores, mas não
querem perder vagas nos seus feudos universitários para estudantes
mais preparados de fora.
Ibsen Pinheiro é um esperto.
Se o petróleo fosse produzido em Torres, por exemplo, ele não se
lembraria de que pela Constituição o mar é da União. E não
apresentaria projeto algum.
Mas estou com ele: vamos distribuir esse dinheiro.
A riqueza nacional deve ser compartilhada.
As universidades também.
Há pessoas contra o Prouni. Acham que só universidades públicas têm
qualidades. É conversa fiada.
Tem instituição privada ruim e instituição pública péssima. Todo mundo
sabe disso. Depende de curso, região, instituição, vergonha na cara e
tipo de estabelecimento.
Donos de cursinho não deveriam participar de debates sobre modalidades
de ingresso na universidade.
É chamar a raposa ladina para discutir a melhor maneira de qualificar
e organizar o galinheiro.
Nada contra os cursinhos. Eles são legítimos.
Pagam impostos. Fazem um bom trabalho.
Mas o negócio deles é ganhar dinheiro com um tipo de preparação que se
alimenta das falhas do ensino médio e do vestibular, que é um
mecanismo perverso de escolha.
O que vai dizer um dono de cursinho: que o vestibular é o único
sistema universal e perfeito.
Nesse caso, não pode vir dizer que deve existir um “universal gaúcho”,
opondo-se a um exame nacional.
A gauchada, como sempre, não quer perder os seus privilégios. A UFRGS
e alguns cursinhos formam um par.
As cotas e outras modificações começam a produzir uma quebra na
dominação branca e de classe média para cima de alguns cursos, os
cursos de “elite”.
O vestibular é um sistema de hierarquia social.
Não mede inteligência antes de tudo.
Mede condições desiguais de preparação.
Os cursinhos exploram esse darwinismo cruel.
Engraçado é ver estudantes adversários das cotas divulgando fotos das
casas de cotistas. Essas fotos mostram desvios no modelo que precisam
ser corrigidos. Abrem, no entanto, caminho para que sejam mostradas
fotos da casas de todos os estudantes dos melhores cursos das
universidades públicas, filhos das famílias mais abastadas, que não
pagam para estar ali.
Seria fácil corrigir isso até no sistema tradicional de vestibular:
passou, mostra o contracheque da família. A partir de determinado
valor, paga “x” ou “y”.
O episódio dos aprovados do Enem tomando lugar de gaúchos em
universidades gaúchas desmascara a falsa defesa do universal – só os
“melhores” devem entrar – feita até agora. De repente, com a
indignação de sempre, os gaúchos passaram a defender limites na
competição. Querem barreiras. Temas locais. Proteção contra
forasteiros. Reserva de vagas. Cotas regionais.
Os adversários das cotas, do Prouni e do Enem só querem defender
velhos privilégios.
Desejam que todos continuem a pagar os cursos de quem não precisa.
Alguns, contudo, querem a universalização da universidade pública. Só
para implicar com as privadas.
País decente não precisa de vestibular.
Precisa de um exame nacional de saída do ensino médio e de vagas nas
universidades para todos os aprovados. Custa caro. A sociedade deve
pagar. O Brasil está a caminho. Toda revolução encontra resistência do
antigo regime.

sexta-feira, 26 de março de 2010

UM BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS E A TODAS

A partir de hoje voltamos com nosso ritmo normal de postagens. As sextas-feiras faremos uma sugestão de filme e deixaremos uma leitura mais leve. De segunda a quinta-feira nossas postagens terão um foco mais específico nas questões sindicais. Não esqueçam do nosso Happy Hour hoje!Esperamos a presença de todos vocês.Um grande abraço.

LEITURA DE FIM-DE-SEMANA - As Mulheres do Brasil

Para Leila Diniz, síntese da mulher brasileira
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As mulheres sempre me interessaram soberanamente. Esta frase não é
minha, mas do saudoso Darcy Ribeiro, educador, antropólogo, poeta e
mulherólogo. Tomo a frase como minha porque são elas, as moças, a
razão do meu viver, o sal da minha inspiração, o motor que move a
engrenagem das minhas vontades.
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A companhia feminina me leva a escrever, a trabalhar, a amar. É música
para os meus ouvidos. Sem a presença das mulheres não haveria este
cristal invisível entre o sonho e a realidade dos homens – este desejo
incontrolável de conquistar territórios, este sopro belicoso a
conduzir nossa alma pelos campos de batalha.
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Escrevo sobre as moças enquanto escuto o novo disco do Grupo Anima.
Donzela Guerreira, inspirado no estudo homônimo de Walnice Nogueira
Galvão, beira o sublime ao musicar o mito da mulher que se veste de
homem e vai à guerra. Este arquétipo feminino está presente em todas
as culturas e épocas. Está na literatura, na mitologia e na história
dos povos. No Brasil, por exemplo, está encarnado em Diadorim,
personagem de Grande Sertão: Veredas, clássico de Guimarães Rosa.
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A moça insubmissa e revolucionária, que subverte o papel
historicamente destinado às mulheres, parece ser não apenas uma
aspiração feminina, mas uma fantasia dos homens. Não deve ser
coincidência o fato de a deusa Palas Atena ter nascido da cabeça de
Zeus, depois que este, sofrendo com terríveis dores de cabeça, pediu
que o filho Hades lhe abrisse o crânio com um porrete. Para o espanto
dos deuses do Olimpo, dentro da cabeça de Zeus havia uma jovem mulher
empunhando escudo e espada.
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Também na mitologia iorubá temos a donzela guerreira na figura de
Iansã, orixá dos ventos e tempestades, cuja beleza deflagrou uma
disputa mortal entre Ogum, o poderoso deus da guerra, e Xangô, o
impiedoso rei de Oyó. Destinada à lutar por liberdade, Iansã amou a
ambos e não foi de nenhum. Não por acaso, sua espada tem a forma de um
raio, uma chispa de fogo que encanta e amedronta.
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Sendo uma das mais secretas e inconfessáveis fantasias masculinas, a
mulher rebelde suscita medo e ódio. Ainda que sua causa seja justa,
tem de ser combatida pelo machismo. Mais do que combatida: apagada da
história. Cabe citar, neste caso, a obsessão que os militares
brasileiros tinham por decapitar as guerrilheiras presas durante a
ditadura. A prática de separar a cabeça do corpo revela,
simbolicamente, o desejo inconsciente de eliminar não somente a vida,
mas as ideias.
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Recentemente, com o crescimento da candidatura de Dilma Rousseff,
ex-guerrilheira que poderá se tornar a primeira mulher presidente do
Brasil, tem voltado à tona um tipo de pensamento criminoso que tenta
desqualificar aqueles que lutaram contra a ditadura. Comparar
opositores do regime à terroristas é uma tática suja utilizada por
quem perdeu o bonde da história.
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A resistência contra as tiranias é um direito reconhecido pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos. O único responsável pelo
surgimento da luta armada foi o governo ilegítimo instalado em
Brasília na base da força. A guerrilha nasceu como resposta à
violência do Estado e não o contrário. Foi assim na Argentina, em
Angola, na Argélia, em todas as partes do mundo onde houve ditaduras.
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Eram terroristas aquelas moças que, como Dilma, enfrentaram o
pau-de-arara e o choque elétrico? Ou eram terroristas os que
censuravam, perseguiam, torturavam e matavam em nome da Família, de
Deus e da Propriedade? Era terrorista a estudante Helenira Resende,
morta a golpes de baioneta no Araguaia? Ou terrorista era o Coronel
Sebastião Curió, que executou prisioneiras indefesas?
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Principalmente no mês de março, quando lembramos o massacre das
operárias de Chicago, queimadas vivas quando reclamavam por melhores
condições de trabalho numa fábrica de tecidos, temos a obrigação de
refletir sobre a importância da mulher na história das lutas
democráticas. No Brasil, apesar de quase não figurarem nos livros de
história, elas assumiram papel determinante nas conquistas e foram
sempre a vanguarda da sociedade.
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Da inesquecível Flor da Noite, a prostituta que colaborou na
insurreição dos marinheiros da Revolta da Chibata, passando por Leila
Diniz, que libertou as moças dos grilhões do moralismo hipócrita, as
mulheres brasileiras costuraram o mapa do Brasil, bairro por bairro,
rua por rua, casa por casa, forjando o espírito sensual e criativo
desta nação grávida de futuros.

Retirado do blog:botequimdobruno

DICA DE FILME - Lisbela e o Prisioneiro

Elenco: Selton Mello, Débora Falabella, Marco Nanini, Bruno Garcia, Tadeu Mello.

Sinopse: Comédia romântica que passa em um ambiente “nordeste pop”. Conta a história de um malandro, aventureiro e conquistador: o Leléu (Selton Mello), e da sonhadora Lisbela (Débora Falabella), que adora ver filmes americanos e sonha com os heróis do cinema. Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história de amor cheia de transtornos.Sofrem pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Péssimas condições levam técnico-administrativos da Reitoria da UFPel reduzir jornada

Os técnico-administrativos da Reitoria no Campus Porto da UFPel decidiram por reduzir o horário de trabalho, retornando ao turno único, das 8 às 14h, a partir da próxima segunda-feira, 29. A decisão foi tomada em reunião, hoje à tarde, 25, que lotou uma das salas do Campus. Os servidores sofrem há quase dois anos com a ausência de condições mínimas de higiene e saúde, com falta de água e com banheiros sem condições de uso, além de toda a falta de estrutura como climatização inadequada, barulho excessivo, poeira, entre outros.

“Estamos no limite. Não podemos usar os banheiros e nem lavar as mãos. Isso se arrasta por vários meses. O turno único vai minimizar o problema”, lamentou uma servidora. Os coordenadores da ASUFPel acompanharam a reunião e encaminharam documento à Reitoria comunicando a decisão.

O novo horário de trabalho será mantido até a normalização das condições de trabalho.

Texto Paulo Otávio Pinho Editora Enfoque 53 91022673

quarta-feira, 24 de março de 2010

Alunos dos cursos de Teatro e de Dança perdem a paciência com a Reitoria

Alunos dos cursos de Teatro e de Dança perdem a paciência com a Reitoria e
realizam protesto

Os alunos dos cursos de Teatro e de Dança perderam a paciência com a Reitoria e
realizaram protesto nesta terça-feira no campus Porto da UFPel. Eles reclamam a
falta de professores e estrutura básica de ensino. “Só temos um professor
concursado, as disciplinas acabam sendo ministradas pelos professores de teatro
para "quebrar o galho", relata um estudante do curso.
Ontem, professores dos cursos enviaram documento ao reitor expondo os problemas.
Não obtiveram resposta alguma até o momento.
“ São apenas três salas para dividir com cerca de 200 alunos que tem aulas no
mesmo turno. Alguns já estão no quinto semestre e ainda não tiveram contato com
aparelhagem, iluminação, sonoplastia, técnica vocal, entre outras práticas. Um
absurdo”, reclamam os alunos.
Segundo o que a ASUFPel apurou, o curso já recebeu alguns materiais que estão
dentro de uma sala trancados. Alunos da Dança dividem uma única sala com o curso
de Teatro. A falta de estrutura é tamanha que a limpeza do local, em muitos
momentos, foi feita pelos próprios alunos.
Todos estes problemas já foram relatados anteriormente através de documentação
feita pelo chefe do Departamento.
Eles prometem continuar com o movimento até que as reivindicações sejam
atendidas.

Jornalista Paulo Otávio Pinho - Editora Enfoque

sexta-feira, 19 de março de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

ASSEMBLÉIA GERAL

Dia 04/03 às 14h, na sede da ASUFPel-Sindicato

Pauta

=> Informes Locais e Nacionais;

=> Escolha de Delegados para a Plenária da FASUBRA;

=> Outros Assuntos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Reposicionamento dos Aposentados

A ASUFPel-Sindicato informa que os aposentados, técnico-administrativos da UFPel ( Universidade Federal de Pelotas), devem comparecer no prédio do Lyceu Rio-Grandense (UFPel), na Rua Lobo da Costa, em frente ao Mercado Municipal, em Pelotas, das 08h às 14horas, para assinar o termo de opção ao Reposicionamento.O novo Plano de Carreira 2005 alterou a situação funcional dos servidores aposentados.No final do ano passado, o Conselho Universitário aprovou e o Reitor assinou Resolução autorizando o reposicionamento dos aposentados em situação equivalente a que estavam na carreira anterior, quando se aposentaram.

“A aprovação pelo Conselho Universitário foi uma conquista da ASUFPel ao lado dos aposentados. Se não fosse a mobilização, provavelmente não teríamos conquistado o Reposicionamento”, destaca o Coordenador de Aposentados da ASUFPel-Sindicato, Denir Domingues Cunha.

O Reitor Cesar Borges assinou a resolução de Reposicionamento dos aposentados no dia 18 de dezembro.

Por Paulo Otávio Pinho - Assessoria de Imprensa - ASUFPel-Sindicato