terça-feira, 1 de setembro de 2009

A POLÍCIA POLÍTICA DE YEDA CRUSIUS

Marco Aurélio Weissheimer

A Polícia Civil do RS anunciou hoje que indiciou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Celso Woiciechowski, e a presidente do Centro de Professores do Estado (CPERS-Sindicato), Rejane Silva de Oliveira. Para a polícia, os sindicalistas teriam cometido peculato e crime contra a honra na campanha de outdoors contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), veiculada entre maio e junho deste ano. O peculato se deveria ao fato de “a CUT ter pago a campanha”.

A medida confirma a transformação dos órgãos de segurança do Estado em polícia política da governadora tucana, acusada pelo Ministério Público Federal de integrar uma quadrilha instalada no aparelho de Estado. Não é a primeira medida repressiva contra dirigentes sindicais em função de protestos contra o governo estadual. A presidente do CPERS foi indiciada também pelo protesto realizado recentemente em frente à casa da governadora. Durante atos públicos, assembléias de sindicatos e manifestações de protestos contra o governo, agentes da PM2 atuam disfarçados de fotógrafos para registrar imagens de manifestantes.

O sistema de escutas Guardião já foi utilizado para espionar adversários políticos. O chefe de gabinete da governadora, Ricardo Lied, foi acusado pelo ex-Ouvidor de Segurança do Estado, Adão Paiani, de utilizar o aparato de segurança do Estado para tal fim. O mesmo Lied, acompanhado de um delegado de polícia, esteve envolvido na estranhíssima visita ao ex-presidente do Detran, Sérgio Buchmann, para pedir que ele interferisse em uma ação policial, avisando o filho que estava prestes a ser preso.

O rosário de absurdos e irregularidades é longo. E não deve parar por aí. Nos últimos dias, a governadora realizou várias reuniões com a Casa Militar, além de ter se “aconselhado” com o ex-comandante da Brigada Militar, coronel Paulo Mendes, aquele que pediu uma mãozinha para Chico Fraga (outro acusado de formação de quadrilha) na sua indicação para o comando da Brigada.

Um servidor da Brigada Militar assassina pelas costas, com um tiro de calibre 12, um sem terra.

E o Ministério Público assiste a tudo isso em silêncio.

POSTADO POR ROSANE BRANDÃO - COORDENADORA DE DIVULGAÇÃO E IMPRENSA

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