segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ESCLARECIMENTO

Estamos publicando aqui um esclarecimento a respeito da crônica escrita pela servidora Rosane Brandão, publicada no blog e no jornal da ASUFPel do mês de setembro.
Como é de conhecimento de todos, esses dois espaços são dos servidores e só existem em função deles. Por esse motivo os textos enviados serão, na medida do possível, publicados. Na medida do possível entenda-se espaço e pertinência.
Sendo assim, a crônica em questão jamais seria publicada se não fosse claramente irônica, pois todos sabemos que racismo é crime e publicar um texto com esse caráter seria conivência. O texto em questão é uma crítica inônica àqueles que são realmente contra a política de cotas nas universidades. A esses sim, cabe o nosso repúdio e nossa indignação, não à colega Rosane, que tem se engajado nas lutas por políticas de inclusão, não só para afro-descendentes, mas para qualquer segmento que tenha, de alguma forma, negado o seu direito à educação pública e de qualidade.
Feito esse esclarecimento, gostaríamos que as pessoas relessem o texto, sob essa perspectiva, e entendessem que a nossa intenção é abrir a discussão sobre inclusão na universidade pública, pois entendemos que esse é o nosso papel, enquanto sujeitos da comunidade acadêmica.
Segue abaixo a nota de esclarecimento da autora.
Ediane Acunha
Coordenação de Divulgação e Imprensa

Oi gente! Conversei com dois colegas de trabalho que não entenderam a ironia presente nesse texto que escrevi. Duas pessoas negras, maravilhosas, como são a maioria das pessoas (de todas as etnias)e que fazem parte do meu cotidiano de trabalho. Já tenho me manifestado (inclusive nos jornais da ASUFPel) sobre a questão das cotas. O que coloquei, numa linguagem irônica, foi minha completa aprovação e, mais do que isso, minha vontade de lutar para que sejam aprovadas as cotas para afro-descendentes. E, falo no texto, não acho que devam ser cotas sociais. Para mim, que fique claro, devemos a todos os negros desse país uma obrigação histórica em relação ao trabalho escravo a que foram submetidos. Encaro como dívida trabalhista qualquer tentativa de reparo. E, sem dúvida alguma, qualquer tentativa de reparo ficará apenas nisso: em uma tentativa. Portanto, para que não pairem dúvidas, em momento algum a intenção foi de desrespeito aos afro-descendentes. Pelo contrário, são pessoas que admiro muito principalmente pela coragem de lutar que sempre demonstraram e continuam demonstrando. Entendo que ainda são discriminados e acho inaceitável que isso ainda aconteça. Acho que não devo pedir desculpas, porque, repito, a forma de expressão que usei foi de ironia.Ainda assim, estou a disposição para conversar com qualquer um que tenha se sentido ofendido com o meu texto.
Rosane Brandão

17 comentários:

Anônimo disse...

Cara Rosane, venho registrar minha indignação e a de meus alunos, da E. E. Sylvia Mello, com a tua crônica.
Em que pese asseveres ter se tratado de ironia, perdoa-me; te faltou habilidade lexical e o uso das qualidades de uma boa crônica; coesão, coerência e clareza.
Um texto inteligente deveria levar o leitor a entender tratar-se de ironia com vista a dar visibilidade, a mobilizá-lo e, acima de tudo, a indignar-se com as injustiças e incoerências desse mundo vil, preconceituoso e discriminatório, onde as pessoas são tratadas como mercadoria a serem inseridas no mercado.
Sugiro, como forma de dirimir-se as dúvidas suscitadas nessa questão, que igual espaço seja garantido para se esclarecer tal questão, sob pena de...
Neusa Couto Ledesma

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

Isso é incrível! Só aqui mesmo...

Anônimo disse...

Não se pode acertar sempre. Sim, ela não foi feliz no texto. mas quantos ela já escreveu e ninguém elogiou ou comentou. É uma pena que a maioria das pessoas só participem para criticar. A quanto tempo existe o jornal da ASUFPel e eu nunca li nada de muita gente que está criticando a Rosane. Criticar é fácil. Quero ver colocar o pé na dividida e lutar por uma sociedade melhor como faz a Rosane.

Anônimo disse...

Parabens D,Rosane.Pense bem nas tuas ironias.Quando se quer,lutar´por uma causa não é ridicularizando,que se faz.Acho bem provavel que entre teus colegas a´´i são estes termos que voces usam e pior pensam,e saber que c/ meus impostos que mantemos estes pensamentos,é porque não sentisse na pele a discriminação,não esquece que mais de 60 á 70% da populkação do Brasil é negra ou mestiça,pensa bem antes de ironizar,antes de terminar,não precisa ajudar na nossa luta,este tipo de ajuda não precisamos.São mais de 500 anos de servidão o que queremos é REPARAÇÂO.

Anônimo disse...

O texto da Rosane, por certo, apresenta falhas, tais como as apontadas pela comentarista Neuza _ clareza, coesão e coerência _, mas daí a tratá-lo como um texto "preconceituoso" é ignorar, por outro lado, a ironia que, embora não empregada de forma excelente, emerge, sim, de seu conteúdo.
Cada um lê o que quer...
Tanto é verdade que o texto causou polêmica, comum em qualquer veículo de comunicação democrático.
Parabéns ao blog!

Anônimo disse...

Sinceramente, me parece a oportunidade mais convincente para finalmente, acharem um pretexto para crucificarem a Rosane...Afinal, a Rosane incomoda...
Todo mundo conhece a Rosane, sabe suas posições, sabe que sempre defendeu a questão das cotas, sabe que sempre lutou para que houvesse nesse mundo mais inclusão social.
É evidente que o texto é irônico, mas parece mais conveniente alguns acharem que não. Como a própria servidora explicou e se colocou à disposição para debater o assunto, espero que essa celeuma tenha um fim logo.

Anônimo disse...

oLA É OBSERVEI O COMENTARIO PELO JORNAL DA SBT , É COMO DE FATO ACREDITO QUE EM SEU TEXTO FICOU A DESEJAR CLAREZA ENÃTO AI FICOU MAU MESMO DESCREVE COMO JORNAL SBT FALOU

Anônimo disse...

Olha, eu li o texto integral e penso da seguinte forma: o texto foi irônico sim, não tenho a menor dúvida disso.
A linguagem utilizada foi a ironia, o que não significa que em qualquer momento a autora tenha ironizado os negros. Uma coisa é a ironia como forma de escrita, a outra é ironizar alguém.
A diferença está entre somente ler e ler e interpretar.
E como se não bastasse, pelo o que eu sei, essa servidora sempre defendeu as cotas raciais e sociais, é casada com um negro e sempre lutou pelas causas raciais.
Assim, me parece que as coisas já estão devidamente esclarecidas, muito embora alguns já estejam tirando proveito dessa situação.

Anônimo disse...

A Rosane está sendo vítima de um crime: racismo. Infelizmente os que a estão acusando são aqueles que sofrem o preconceito na carne. Mais respeito e tolerância seria muito bom. Fica a pergunta as pessoas que são dos sindicatos e movimentos, independente do texto e da intenção deste: a Rosane é racista? Quem conhece a história de luta e vida dela, sabe o que já passou. O que está acontecendo é uma sucessão de erros. Pelo que soube, isto não vai parar. Existe uma ocorrência feita por algumas pessoas. Se isto for levado adiante só teremos vítimas. Se a Rosane e o sindicato não conseguirem se explicar, serão condenados. Se conseguirem, os negros serão desmoralizados.

Anônimo disse...

E joga a pedra na Geni! Essa é a Geni da vez. Pena que seja assim.

Anônimo disse...

E deu mídia nacional! Tem gente querendo derrubar o sindicato. Me lembro muito bem da Rosane dizendo: "Não sei o que é pior na escolha de reitor. Um grupo acaba com a UFPel. O outro, com o sindicato." Não que concorde com ela. Votaria no Prof. Bretanha. Pois bem, o segundo escalão do Cesar foi acionado: a tropa de elite. Lia-se: Arlindo, Juliano e Serginho. Descansemos, pois eles se fastiam com pouca gente. Por enquanto serão apenas a Rosane e a Catarina. Logo, logo estarão atrás de quem está se criando (e sabendo fazer isto) no sindicato. Vcs. não sabem que o movimento negro emprega seus membros na PREC? O benfeitor é o vereador Ademar Ornel. Esta pró-reitoria é comandada pelo Vitor Hugo (que está encarregado de fazer a discussão das cotas). E onde trabalham esses servidores? Na PREC. Vcs. sabem que mocinha que está fazendo o alarde dentro da cidade é namorada do Juliano? O Prof. Cesar, se tivesse um pouco de dignidade, já tinha acabado com este segundo escalão qdo. fizeram a tal reunião fictícia na Odonto.Serei um anônimo, óbvio. Mas volto com muito mais.

Anônimo disse...

Gente, acredito que a servidora fez um texto com linguagem irônica sim. Não vejo motivo para discussões em relação a isso.
Se lermos ele integralmente isso fica claro, se forem extraídas algumas frases soltas desse texto e colocadas fora do contexto como apareceu na tv, talvez possa parecer racismo, mas aí não é culpa da servidora, e sim de como os meios de comunicação e algumas pessoas optaram por enfocar os fatos.
Dito isso, acho que é hora de juntarmos forças nós, a servidora e o movimento negro, uma vez que estamos na mesma luta, para mostrar à sociedade que ainda existe preconceito no Brasil.

Anônimo disse...

NÃO FALEM EM MEU NOME.

SOU NEGRO. NÃO ESTOU COM ESTA DECLARAÇÃO BUSCANDO TORTURAR O ÓBVIO. TAMBÉM NÃO ESTOU TENTANDO ME COLOCAR COMO O UNICO CAPAZ DE ENTENDER E SENTIR AS DORES CAUSADAS PELA HISTÓRIA PASSADA E PRESENTE VIVENCIADAS PELOS NEGROS NOS DIFERENTES CONTEXTOS DO DESENVOLVIMENTO SÓCIO-POLÍTICO, ECONÔMICO E CULTURAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
SÓ ESTOU TENTANDO COLOCAR A POSSIBILIDADE DE UM OLHAR, AINDA QUE NEGRO, DIFERENTE SOBRE O FATO EM TELA.
CONHEÇO ALGUNS DOS BRAVOS LUTADORES QUE BUSCAM EM NOSSA CIDADE ORGANIZAR AS DEMANDAS DA POPULAÇÃO NEGRA.QUE BUSCAM NO SEU DIA-A-DIA CONSTRUIR MOMENTOS ONDE POSSA SER MOSTRADO QUE A CIDADANIA COMEÇA QUANDO TEMOS AFIRMADO A CONSCIÊNCIA DO DIREITO A TER DIREITO. EU OS RESPEITO.
CONHEÇO ROSANE BRANDÃO,TEMOS ALGUMAS DISCORDÂNCIAS POLÍTICAS, AS VEZES NA ANALISE, AS VEZES NO ENCAMINHAMENTO, MAS NADA QUE NOS IMPEÇA DE ESTARMOS LADO A LADO NA AÇÃO;SEMPRE REFERÊNCIADOS PELO DESEJO DE COLETIVAMENTE CONSTRUIRMOS UM NOVO MUNDO, ONDE A PROMOÇÃO DA EMANCIPAÇÃO E FELICIDADE GERAL SEJA O OBJETIVO DE TODOS.CONSIDERO ROSANE UMA COMPANHEIRA NA LUTA.
ISTO POSTO, PENSO TER LOCALIZADO O LUGAR DE ONDE ASSISTO O QUE ESTA OCORRENDO. E PELO QUE VEJO TUDO ISSO NÃO PASSA DE UM MAL ENTENDIDO.
ROSANE TENTA NO TEXTO INTEIRO MOSTRAR UMA LINHA DE PENSAMENTO QUE EXISTE SIM, NA UNIVERSIDADE E NA SOCIEDADE. COM CERTEZA ESTE SEGMENTO CONSERVADOR DA "CLASSE MÉDIA" EM NADA SEDUZ A MILITANTE ROSANE. CONCORDO QUE NA FORMA COMO SE APRESENTA O TEXTO ELE ABRE A POSSIBILIDADE DE QUE SEJAM FEITAS VÁRIAS INTERPRETAÇÕES, MAS NA MEDIDA EM QUE ESTAMOS TRATANDO DE UM RELACIONAMENTO QUE SE ESTABELECE ENTRE ENTIDADES (ÉTNICA/SINDICAL) E MILITANTES DESTAS ENTIDADES ME PARECE MAIS PRUDENTE QUE SE BUSQUE NO MINIMO SABER QUEM ESTA ESCREVENDO? QUAL SUA TRAJETÓRIA? SEGUIR IMPULSOS APRIORÍSTICOS QUE NOS LEVAM A BUSCAR PROTEÇÃO DAQUELES QUE NOS OPRIMEM (JUSTIÇA BURGUESA)NÃO ME PARECE O MELHOR ENCAMINHAMENTO.
O TEXTO DE ROSANE APRESENTA ALGUNS PONTOS QUE DEVEM SER DISCUTIDOS PELO MOVIMENTO NEGRO E COM CERTEZA ELA NÃO SE FURTARIA DE ESTAR PRESENTE:
-DE ONDE VEM? A QUEM EFETIVAMENTE SERVEM OS ATUAIS PROGRAMAS DE INCLUSÃO SOCIAL?
- NO QUE DIZ RESPEITO AO INGRESSO DIFERENCIADO NO ENSINO PÚBLICO SUPERIOR ESTA É UMA DISCUSSÃO A SER FEITA PELA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA MAS QUE DEVE SER BALIZADA PELOS MOVIMENTOS EXTERNOS, ENTÃO, DE QUE FORMA ESTA POLÍTICA DEVE SER IMPLEMENTADA?
- DE QUE FORMA DE DARÁ A PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES QUE INGRESSAREM POR ESTAS MODALIDADE?
RESPEITO, REPITO, AS MULHERES E HOMENS QUE DÃO VIDA AO MOVIMENTO NEGRO EM PELOTAS.MAS NÃO CONCORDO COM O PROCEDIMENTO DADO A ESTE TEMA. NÃO CONCORDO PORQUE ACHO QUE NÃO FOI FEITA A MELHOR LEITURA DO TEXTO. NÃO CONCORDO PORQUE CONSIDERO QUE A QUESTÃO ÉTNICA/RACIAL, AQUI MAIS ESPECIFICAMENTE NO QUE DIZ RESPEITO A POPULAÇÃO NEGRA,PARA SER RESOLVIDA PRECISARÁ CONTAR COM A FORÇA DOS DEMAIS SETORES DO QUE PODEMOS CHAMAR, AINDA, DE SOCIEDADE CIVIL.DENTRE ESTES DEVEMOS BUSCAR NOSSOS PARCEIROS; E COM CERTEZA A ASUFPEL E ROSANE ESTARÃO ENTRE ELES. E PARCEIROS RESOLVEM SUAS QUERELAS DE OUTRA FORMA.
GOSTARIA QUE SE BUSCASSE UMA OUTRA FORMA PARA DAR UM ENCERRAMENTO A ESTE MAL ENTENDIDO QUE JA CAUSOU SERIOS PREJUIZOS A QUEM SEMPRE ESTEVE E CONTINUARA COM CERTEZA LUTANDO AO LADO DO MOVIMENTO NEGRO.
ENQUANTO ISSO ME RESTA DIZER QUE O MOVIMENTO NEGRO NÃO ESTA FALANDO EM MEU NOME. EM NADA ME SENTI AGREDIDO, AO CONTRÁRIO RECONHEÇO NO TEXTO A BUSCA DE SE COLOCAR NA PAUTA DA COMUNIDADE UNIVERSITARIA UMA DISCUSSÃO SOBRE UM TEMA AO QUAL TODOS TERÃO DE SE POSICIONAR.

DON OBÁ

Anônimo disse...

Ontem, li o texto da Rosane e me entristeci mais uma vez ao constatar que o tipo de mentalidade exposto pela crônica está mais vivo do que nunca na sociedade brasileira. Após ler os comentários de pessoas que alegam conhecer Rosane e sua história de lutas por inclusão social, ainda continuo boquiaberta... Uma pessoa com esse perfil redigiu um comentário mordaz de apologia à discriminação racial no Brasil. Infelizmente, os argumentos apresentados de que a ironia contida no texto foi mal interpretada pela mídia são improcedentes. Concordo que o texto dela tem problemas estruturais, mas o discurso veiculado por meio dele é eloquente.

Anônimo disse...

Como é que você pode dizer que os negros vivem na marginalidade e ainda por isso falar que lá sempre foi o lugar deles, e depois vem falar que acha que não deve se desculpar, acredite você só não como tem a obrigação de pedir desculpa e ajoelhada ainda, isso foi um desrespeito não só com os negros, e nada do que você venha falar agora irá justificar o que você escreveu, me admirei muito com a senhora, e espero mesmo que tomem uma atitude sobre isso.

Anônimo disse...

Entenderia a indignação do comentarista acima (das 14h10min)se o que ele descreve em seu comentário fosse efetivamente o que pensa a autora do texto.
Eu pergunto: o sr. leu o texto todo ou algumas partes recortadas e fora de contexto como mostraram na tv e nos panfletos distribuídos no calçadão e escolas?
O texto da servidora usa como recurso de linguagem a ironia, sem que para isso ironizasse os negros. Ou seja, o que está sendo lido deve ser entendido de forma oposta ao que está escrito.
O que está escrito é forte, é triste, é chocante, mas é evidente que deve ser lido dentro do contexto para que possa ser interpretado.
O que está dito ali retrata de forma crua o que os negros ouvem, todos sabemos que o que foi dito ali são as palavras de uma grande parte da sociedade.
A Rosane fez um bom texto mostrando isso, infelizmente algumas pessoas pegaram frases soltas do texto, tirando-as de todo o contexto e distorcendo os fatos para se promoverem e agora a autora é considerada criminosa, responsável por um crime medonho.
No início dessa polêmica toda eu acreditava em três possiblidades:
a)que ela pudesse ter sido mal interpretada;
a)que alguns tivessem lido frases soltas do texto, fora do contexto, o que realmente faz ela parecer um monstro;
c)que alguns estivessem usando de má-fé para se promoverem.

Agora todos já tiveram acesso ao texto inteiro (e não à frases soltas).
A servidora já deu todas as explicações devidas. Todos sabem que ela é militante da causa negra, é casada com um negro e sempre defendeu as cotas raciais.
Depois disso tudo, acho que agora só me resta acreditar na alternativa "C"! É uma pena...
E mais uma vez, a discussão das cotas raciais ficou pra trás...