Depois do Trabalho
Atravesso a cidade
Dentro do ônibus lotado
E os postes se sucedem
Como os rostos cansados
Mesmo o trocador é eternamente
Repetido
E esta nota velha
Que entrego dobrada
Entre o indicador e o dedo médio
No ponto final
Desço feito uma vírgula
Tentando dar pausa ao tédio.
(Poesia retirada de Antologia da Noite em Claro, de Bruno Ribeiro)
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